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Petrobras diminui preço, mas queda nas bombas está indefinida

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Apesar de a Petrobras ter reduzido em 2,7% o preço do diesel e em 3,2% o da gasolina nas refinarias, já a partir deste sábado, dia 15, não há garantias de que as quedas – ao contrário das altas – sejam sentidas, de fato, pelo consumidor final. O impacto nas bombas depende do comportamento de outros integrantes da cadeia, especialmente das distribuidoras e dos postos de combustíveis. Se o ajuste for integralmente repassado, o diesel pode cair 1,8% e a gasolina, 1,4%, representando menos R$ 0,05 por litro nos dois casos. “Como a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, as revisões feitas pela Petrobras nas refinarias podem ou não se refletir no preço final ao consumidor”, reconheceu a estatal.

De acordo com a última pesquisa realizada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), os preços médios dos combustíveis praticados na cidade são R$ 3,679 (gasolina) e R$ 2,988 (diesel), considerando o levantamento realizado no período de 2 a 8 de outubro. Caso a redução seja, de fato, implementada, os valores médios podem cair para R$ 3,629 e R$ 2,938 respectivamente. Conforme a ANP, o litro da gasolina varia de R$ 3,4 a R$ 3,899. Já o diesel é encontrado de R$ 2,850 a R$ 3,099 nos postos da cidade.

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O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro) – que representa os cerca de quatro mil postos de combustíveis em Minas, inclusive os de Juiz de Fora – esclarece que, como instituição sindical, não pode interferir em questões relacionadas a preços praticados pela revenda. “O sindicato ressalta que não sabe e nem pode precisar se tais reajustes serão repassados pelos postos ao consumidor final.” O Minaspetro ressalta, ainda, que o mercado de combustíveis é livre e os preços não são tabelados. “O que dita o preço é a concorrência, muito acirrada no segmento. Cada empresário define o seu preço”, reforçou a entidade, por nota.

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Alinhamento
Já a Petrobras, por meio de sua assessoria, afirmou que a revisão faz parte de uma nova política de preços a ser adotada para estes combustíveis e terá como base dois fatores: a paridade com o mercado internacional – também conhecida como PPI e que inclui custos, como frete de navios, custos internos de transporte e taxas portuárias – mais uma margem que será praticada para remunerar riscos inerentes à operação, como volatilidade da taxa de câmbio e dos preços sobre estadias em portos e lucro, além de tributos.
A diretoria executiva definiu que não serão praticados preços abaixo desta paridade internacional. As avaliações para revisões de preços serão realizadas pelo menos uma vez ao mês. “É importante ressaltar que, como o valor desses combustíveis acompanhará a tendência do mercado internacional, poderá haver manutenção, redução ou aumento.”

Etanol
Ao contrário do comportamento da gasolina e do diesel, o etanol apresenta tendência de alta nas usinas devido ao início da entressafra da cana-de-açúcar. Na cidade, o litro do biocombustível custa, em média, R$ 2,688, sendo encontrado de R$ 2,390 a R$ 2,999 no mercado.

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