A edição de julho da Feira de Moda Plus Size de Juiz de Fora, o “JF Plus Size”, terá como tema o “Arraiá”. Os visitantes poderão acompanhar à festa das 12h às 20h deste sábado (15), com entrada gratuita e estacionamento custando R$ 8 por três horas. Além disso, quem for trajado com sua melhor roupa caipira poderá se destacar na competição e levar o valor de R$ 200 em compras.
A Feira JF Plus Size dispõe de mais de 40 expositores, sendo a maioria das marcas com peças de roupa a partir do tamanho 44. Haverá também acessórios, itens de decoração, produtos de costura criativa, entre outros. Na área de gastronomia da feira, as comidas mais desejadas do período julino integrarão as opções dos cardápios, repletos de doces e salgados.
O evento tem o objetivo de se consolidar enquanto um espaço de visibilidade e de poder de escolha para pessoas gordas, que muitas vezes enfrentam plurais dificuldades para encontrar vestimentas adequadas.
A feira também almeja apresentar e fortalecer empreendedores e pequenas empresas que estão engajadas em construir possibilidades para o público gordo.
JF Plus Size deste sábado terá roda de conversa
O JF Plus quer expandir os debates sobre o acesso e as oportunidades de pessoas gordas na cidade. Pensando nisso, nesta edição, a feira contará com uma roda de conversa sobre o concurso Miss Plus Size JF. Nas edições passadas, participantes obtiveram importantes vivências, que serão compartilhadas.
Tyane Almeida, candidata em 2019, atualmente é uma das organizadoras do evento. Para ela, participar do movimento JF Plus Size a motivou no compromisso de ampliar o espaço dedicado a esse público. “A ideia de uma mulher gorda poder pisar na passarela, ainda mais pensando no título de Miss, cujo nome carrega aquele glamour. Mesmo me aceitando, não tenho problema nenhum com o meu corpo, eu achei muito legal a ideia de pisar na passarela, de ter uma faixa, de ter uma coroa, de ter uma representação”, relata Tyane, por meio da assessoria do evento.
Eventos como o JF Plus e o Miss Plus Size JF, segundo ela, são importantes porque partem da ideia de pessoas gordas para atender mulheres que passam por essa mesma vivência de corpo. “Nós conhecemos as vivências e as dores de ser uma pessoa gorda. Na minha opinião, existem duas pessoas que podem falar sobre uma situação: a que é formada na academia ou quem tem a experiência de vida naquele campo. São elas que vão ter bagagem para falar sobre o assunto. Nós, como pessoas gordas, nos sentimos acolhidas nesses ambientes. Nesses eventos, a gente tem cada vez mais a ganhar.”