A partir de agora, o Serviço de Defesa do Consumidor (Sedecon) da Câmara Municipal passa a contribuir com o consumidor na tarefa de acompanhar o comportamento de preços dos combustíveis em Juiz de Fora. A primeira pesquisa, realizada no dia 11 e publicada nesta quinta-feira, aponta que o menor preço do litro de gasolina encontrado foi de R$ 4,47 no Posto Central e no Posto São José, ambos localizados no Centro. Já o maior valor cobrado pelo litro da gasolina foi R$ 4,89, verificado em três estabelecimentos: Auto Posto Aeroporto, no Bairro Teixeiras, Auto Posto Juiz de Fora, no Bairro Vila Ideal, e Posto Salgado, no Centro.
Conforme a pesquisa, o etanol mais barato também era comercializado nos postos Central e São José, a R$ 2,59 o litro. O valor mais alto foi encontrado no Posto Salgado, a R$ 3,54 o litro. O preço do diesel encontrado na cidade variou de R$ 3,33 a R$ 3,75. O menor valor foi identificado no Posto São José, e o maior, no Posto Periquito, no Bairro Poço Rico. A coleta foi realizada em 25 estabelecimentos da cidade, e a pesquisa completa pode ser conferida no site www.camarajf.mg.gov.br.
Segundo o coordenador do Sedecon, Nilson Ferreira Neto, a meta é que a pesquisa tenha uma regularidade, favorecendo o trabalho de acompanhamento de evolução dos preços. Conforme Nilson, apesar de a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) também monitorar o mercado, a diferença é que a pesquisa do Sedecon é feita “in loco”. Para o coordenador, desta forma, o órgão pode avaliar se há disparidades entre os estabelecimentos e se os ajustes acompanham as altas (e as quedas) anunciadas pela Petrobras nas refinarias.
O Serviço de Defesa do Consumidor também orienta sobre a importância de solicitar testes antes de abastecer. Entre eles, está o teste de quantidade de combustível, em que é possível verificar se a quantidade do produto que o consumidor paga é a mesma colocada no tanque. Conforme Nilson, o posto não pode negar a realização. A diferença máxima permitida é de 100ml para mais ou para menos. Caso a diferença exceda este limite, o consumidor deve entrar em contato com a ANP ou com os órgãos de defesa do consumidor. Há, ainda, o teste de qualidade, em que é possível solicitar o teste da proveta, que mede o percentual de etanol misturado à gasolina. O índice obrigatório de álcool na gasolina é de 27%, segundo normas da agência reguladora. Na dúvida, o cliente deve solicitar o teste de verificação do teor alcoólico.
Outra orientação é conferir se o estabelecimento exibe, de forma clara, os preços no painel e o cobrado na bomba. “O valor cobrado pelo combustível no painel deve ser igual ao cobrado na bomba.” É ainda direito do consumidor exigir o cupom fiscal, que pode ser usado como garantia caso o veículo apresente algum defeito oriundo do abastecimento.
A pesquisa mais recente divulgada pela ANP aponta que o preço médio da gasolina é de R$ 4,655 em Juiz de Fora, com variação de R$ 4,470 a R$ 4,799 de acordo com o posto escolhido pelo consumidor. Já considerando o etanol, a média é de R$ 2,925 o litro na cidade, variando de R$ 2,710 a R$ 3,199. Tendo por base o dado oficial, a diferença de preço é de 62,8% entre os combustíveis, sendo o álcool, portanto, mais vantajoso do que a gasolina em Juiz de Fora. Para o álcool ser mais vantajoso, o preço do litro tem que custar até 70% do litro da gasolina. A pesquisa da ANP refere-se ao período de 1º a 7 de julho.