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Gasolina sobe e beira a casa dos R$ 4 em JF

o valor medio encontrado nas ruas de r 381 ja supera os r 3775 verificados na ultima coleta da anp fernando priamo

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O VALOR médio encontrado nas ruas, de R$ 3,81, já supera os R$ 3,775 verificados na última coleta da ANP (Foto: Fernando Priamo)
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Depois de duas reduções, em outubro e novembro, a Petrobras anunciou, há uma semana (dia 5), a elevação do preço do diesel e da gasolina nas refinarias, em média, de 9,5% e 8,1%, respectivamente. Apesar de o impacto nas bombas calculado pela estatal tenha sido de alguns centavos, caso o ajuste fosse integralmente repassado, de R$ 0,17 (diesel) e R$ 0,12 (gasolina) por litro, a alta desembolsada pelo juiz-forano chega a ser maior. No caso da gasolina, passa dos R$ 0,18 por litro.

Na tarde desta segunda, a Tribuna percorreu mais da metade dos 13 postos cujos preços são coletados, semanalmente, pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e verificou que, em absolutamente todos, houve majoração da gasolina. Antes, o valor máximo praticado neste grupo era de R$ 3,799 pelo litro na semana encerrada em 10 de dezembro. Hoje o motorista já paga quase R$ 4 pelo litro do combustível, com preços variando entre R$ 3,669 e R$ 3,897.

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O valor médio encontrado nas ruas – R$ 3,81 – já supera os R$ 3,775 (gasolina) verificados na coleta realizada pela ANP no dia 7 (dois dias depois do reajuste). Em relação ao diesel, cujo preço médio praticado era de R$ 3,054 na semana passada, há reajustes pontuais, que chegam a R$ 0,13 por litro. A maioria dos estabelecimentos, no entanto, manteve os valores no patamar anterior.

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Apesar de ter estimado a alta média, caso o ajuste fosse integralmente repassado, sem alteração das demais parcelas que compõem o preço ao consumidor final, a estatal adverte que, como a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, as revisões feitas pela companhia nas refinarias podem ou não se refletir no preço final ao consumidor, dependendo dos repasses feitos por outros integrantes da cadeia de petróleo, especialmente distribuidoras e postos de combustíveis.

Se há corte, a redução é lenta

As quedas anunciadas em 8 de novembro foram de 10,4% (diesel) e 3,1% (gasolina). Já a primeira revisão para baixo, oficializada no dia 14 de outubro, foi de 2,7% (diesel) e 3,2% (gasolina). Nos dois casos, o consumidor sentiu pequena redução nos valores médios dos dois combustíveis com o passar do tempo. A economia no bolso do juiz-forano chegou a R$ 0,065 (gasolina) e R$ 0,128 (diesel), na comparação dos intervalos de 9 a 15 de outubro com 30 de outubro e 5 de novembro.

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O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro), por meio de sua assessoria, afirmou que o reajuste foi recebido “com lamentação”. O posicionamento é que o terceiro ajuste foi imediatamente repassado pelas distribuidoras aos postos, “situação que não ocorreu nas duas reduções anunciadas pela estatal”. “É importante lembrar que, à época dos anúncios de redução do preço dos combustíveis revendidos na refinaria, as distribuidoras haviam repassado aumento aos postos, alegando sucessivas altas no valor do etanol anidro, que compõe 27% da gasolina comum.” Conforme a entidade que representa quatro mil estabelecimentos no estado, a situação causou revolta nos empresários do setor, que, segundo o Minaspetro, trabalham com margens baixas, alta competitividade e queda no consumo de combustíveis.

Conforme a Petrobras, as principais variáveis que justificam a majoração são o aumento observado nos preços de petróleo e derivados e a desvalorização da taxa de câmbio. Por outro lado, a participação no mercado interno de diesel registrou pequenos sinais de recuperação. “Reafirmamos nossa política de revisão de preços pelos menos uma vez a cada 30 dias, o que lhe dá a flexibilidade necessária para lidar com variáveis cuja volatilidade vem aumentando recentemente”, afirmou, por nota.

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