Após oito dias de greve dos bancários ainda não há previsão de nova negociação entre os bancos e a categoria. A mobilização, iniciada no último dia 6, atingia, nesta terça-feira (13), 52 agências na região, sendo 39 só na cidade, conforme levantamento do Sindicato dos Bancários de Juiz de Fora e Zona da Mata (Sintraf-JF). De acordo com a entidade, todas as unidades locais da Caixa Econômica e do Banco do Brasil tiveram as atividades paralisadas. As agências de Santander, Itaú e Bradesco dos bairros também aderiram ao movimento. Também nesta terça, os trabalhadores se reuniram em assembleia para traçar novas estratégias para a mobilização.
Na avaliação do presidente do Sintraf-JF, Robson Marques, a primeira semana de greve teve saldo positivo. “Estamos acompanhando o aumento da adesão à causa. E a nossa ideia é intensificar o movimento. Nos próximos dias realizaremos manifestações temáticas para melhor dialogar com a população”, adianta. Ele destaca que, além das causas econômicas, a categoria luta por melhores condições de trabalho.
Em nota enviada à Tribuna, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) declarou que “aguarda uma nova proposta dos bancários para prosseguir nas negociações que resultem em acordo”. Já o Sintraf-JF, explicou que este seria o caminho inverso do que acontece no processo de negociação. “Após o comunicado de greve, é esperada contraproposta por parte dos bancos, que ainda não se manifestaram. Isto só mostra o descaso deles com a categoria”, destaca Robson.
No país
No oitavo dia de greve, 11.437 agências bancárias foram fechadas em todo o país, segundo dados da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). Os bancários reivindicam reajuste de 16%, valorização do piso salarial, PLR de três salários mais R$ 7.246,82, defesa do emprego, combate às metas abusivas e ao assédio moral, melhores condições de trabalho, fim da terceirização, dentre outros.