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Compras de última hora para Dia dos Pais movimentam comércio de JF

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Vitrinistas capricharam nas mensagens para seduzir os consumidores no Centro de JF (Foto: Leonardo Costa)
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O frio que marcou as primeiras horas desta véspera do Dia dos Pais pode ter frustrado um pouco as vendas, mas mesmo assim muitos consumidores foram às ruas do Centro de Juiz de Fora neste sábado (13) a fim de garantir presentes para a data comemorativa. Ainda se recuperando das fases mais críticas da pandemia, o comércio tem boas expectativas, sobretudo com as compras de última hora, apostando nas portas abertas até as 16h. Na opinião dos vendedores ouvidos pela Tribuna, a sexta-feira foi o melhor dia da semana, e o movimento extra dos últimos dias deu novo fôlego ao setor. Segundo o Sindicato do Comércio de Juiz de Fora (Sindicomércio-JF), os itens mais procurados por quem quer presentear os pais estão nas áreas de vestuário e calçado, perfumaria e eletroeletrônico, nesta ordem.

A gerente da loja de roupas Armadda, na Rua São João, Eliane Melo, disse que o movimento foi melhor na sexta-feira do que na manhã de sábado. “Na sexta foi muito bom, e achei que neste sábado fosse ser melhor. Não sei se porque está muito frio, mas parece que agora (próximo ao meio-dia) é que as pessoas começaram a sair de casa.” Segundo ela, neste ano os clientes estão olhando “muito presentinho”. “A média está em torno de R$ 90. Estamos vendendo muita camisa polo e malha de manga longa, mas a polo bate o recorde.” A gerente complementou que, no ano passado, o valor médio dos presentes para o Dia dos Pais foi bem superior, em torno de R$ 150, com maior saída de peças de tricô, por exemplo. Ainda conforme Eliane, a expectativa é que as vendas sejam de 20% a 25% superiores em relação às demais semanas do ano sem datas especiais.

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Quando a escolha para presentear os pais é calçado, os sapatênis têm ganhado o consumidor, segundo a vendedora da loja Mr. Cat da São João, Larissa de Paula. A média de presentes no estabelecimento ficou entre R$ 200 e R$ 400. A funcionária reforçou que o melhor dia de vendas na semana foi sexta. “Neste sábado, o movimento está tranquilo, algumas compras de última hora, mas sem muita correria. Na véspera assim a gente já não espera muito e, com esse clima, com esse friozinho, diminui ainda mais o movimento.” Apesar disso, Larissa destacou a importância da data para o comércio – considerada a terceira melhor, depois do Natal e do Dia das Mães -, já que cerca de 90% das vendas feitas durante a semana foram direcionadas à comemoração.

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Na loja O Boticário da Rua Halfeld, a gerente, Aparecida Maria Batista, percebeu que os negócios ficaram melhores a partir de quinta. “Apesar de a rua estar bem movimentada hoje (sábado), as lojas não estão muito cheias, mas estamos vendendo bem os presentes.” Conforme ela, os produtos com mais saída são os perfumes, seguidos por kits montados com fragrâncias e outros itens, como hidratantes, sabonetes e necessaires. A maioria das pessoas desembolsou entre R$ 100 e R$ 150 no estabelecimento para garantir a lembrança, mas muitas chegaram a gastar em torno de R$ 200. “Este ano estão caprichando mais”, comentou a gerente sobre as escolhas. Com isso, ela espera ter um incremento de 35% a 40% nas vendas, na comparação com períodos normais do ano. “Desde o começo de agosto já está melhor. Ano passado foi bem ruim, mas nesta última quinta já conseguimos superar o ano de 2018, que havia sido o melhor.”

Já do lado de quem precisa investir parte do salário para presentear os pais, os preços têm assustado, embora muitas lojas estejam com promoções. O professor Leonardo de Souza, 40 anos, contou não ter tido tempo de ir ao comércio durante a semana e, por isso, aproveitou o sábado para procurar um sapato para o seu pai. Ainda indeciso sobre o que comprar, ele avaliou que vai comprometer boa parte da renda para conseguir dar um bom presente.

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Inflação pesa no bolso

De fato a inflação tem pesado no bolso do consumidor, como destacou o presidente do Sindicomércio, Emerson Beloti. Segundo ele, a média dos presentes deve ficar entre R$ 150 e R$ 200. “Há pessoas que vão gastar menos de R$ 100, outras mais, pelas facilidades de crédito. Tudo depende também da renda, que ultimamente está desequilibrada em função da inflação e da pandemia, que ainda persiste, mesmo de forma menos agressiva. Isso é uma coisa que a gente vai ter que aprender a conviver. O movimento ainda está aquém de 2018, isso é um fato. Naquele ano não havia inflação de 10%, 12%. Alguns produtos ainda subiram mais que isso. Hoje em dia não fazemos muita coisa com R$ 100 no supermercado, e o gênero alimentício come uma fatia grande da renda. Mas acredito que as coisas estão voltando, ano a ano. Mesmo que tenhamos aumento de 8% a 10%, já é um grande ganho, porque estamos reconquistando o comércio. Ainda existem muitas lojas fechadas e aluguéis altos, além da própria concorrência da internet”, avaliou.

A Câmara de Dirigentes Lojistas projetou que 70% das pessoas devem presentear os pais este ano em Juiz de Fora. A expectativa otimista se deve ao fato de os encontros familiares estarem mais propícios, com o avanço da vacinação e a diminuição das medidas restritivas impostas pela pandemia.

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