Ícone do site Tribuna de Minas

Auditores da Receita Federal em greve dois dias por semana

PUBLICIDADE

Auditores da Receita Federal em Juiz de Fora paralisam as atividades em duas vezes por semana a partir desta quinta-feira (14). A mobilização ocorre em nível nacional, envolvendo a fiscalização aduaneira em portos e aeroportos em todas as regiões. Um ato está marcado para as 10h em frente à Delegacia da Receita, no Bairro Manoel Honório, reunindo os trabalhos. Os fiscais questionam a falta de atendimento ao pleito de reajuste de 21,7% nos salários até 2018, após a negociação fechada em março deste ano junto ao Ministério do Planejamento com todos os servidores. Há 150 auditores na cidade.

Segundo o presidente do Sindifisco Nacional em Juiz de Fora, Levindo Siqueira Jorge, todas as outras categorias tiveram o reajuste aprovado, no entanto, a Medida Provisória que seria enviada pelo Governo ao Congresso Nacional após a assinatura do acordo não foi enviada. “O Governo não cumpriu a parte dele. Defenderam o reajuste para todos os servidores, mas para nós não. Disseram que há uma questão jurídica envolvida, mas não acreditamos nisso. É uma indignação geral”, afirma. Os sindicalistas se reúnem em Belo Horizonte às 14h.

Em reunião na última quarta-feira, dia 6, o ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse não haver prazo para o envio da matéria e, segundo o sindicato, alegou “dificuldade política” para encaminhar a questão. A versão é questionada pelos auditores, que apontam que outras categorias estão sendo contempladas com reajustes e bonificações.

PUBLICIDADE

A paralisação ocorre em um momento em que Governo precisa da atuação da Receita para melhorar a arrecadação. “Isso é que não conseguimos entender: a questão mais frágil é a fiscal. Só quem pode cuidar somos nós. O governo atendeu a todo mundo, menos a nós. Há um grupo que defenda que isso seria até uma represália pela questão da Lava Jato, uma vez que muitas operações da Polícia Federal surgiram no âmbito da Receita Federal, como a Zelotes e a Custo Brasil”, observa Levindo.

 

Sair da versão mobile