Após o anúncio do fim da greve dos transportadores de combustível em Minas Gerais, no último sábado (9), a oferta do produto aos consumidores vem sendo regularizada. Em Juiz de Fora, os postos de gasolina já não enfrentam dificuldades para abastecer os veículos nesta segunda-feira (11). A Tribuna entrou em contato com dez estabelecimentos localizados no Centro e em bairros das regiões Norte, Nordeste, Leste, Oeste e Sul da cidade. Na maior parte dos locais, a situação foi normalizada ainda durante o fim de semana.
De acordo com funcionários dos postos de gasolina, os impactos da greve em Juiz de Fora foram pontuais. Enquanto alguns estabelecimentos não chegaram a ser afetados pela mobilização do Sindicato dos Transportadores de Combustível e Derivados do Petróleo de Minas Gerais (Sindtanque), outros tiveram os estoques de gasolina e etanol escassos. A preocupação dos consumidores com a possibilidade de ficarem sem fornecimento de combustível provocou filas em postos.
Preço
O aumento da demanda por combustível diante da oferta reduzida provocou alta repentina dos preços. Conforme relato de juiz-foranos, o valor do litro da gasolina premium teria chegado a R$ 6. Um consumidor, que preferiu não se identificar, conta que pagou R$ 4,60 pelo litro da gasolina comum, no sábado (9), em um posto que praticava o preço de R$ 4,29, o que corresponde a um reajuste de 7,2%. Segundo ele, no domingo (10), o valor foi reduzido novamente. Outra consumidora afirma que pagou R$ 2,79 pelo litro do etanol na sexta-feira (8), e que o estabelecimento passou a cobrar R$ 2,89, preço que se manteve em vigor nesta segunda (11).
A pesquisa mais recente feita pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) nos postos de Juiz de Fora, referente ao período de 26 de novembro e 2 de dezembro, apontou o custo médio de R$ 4,21 para gasolina; R$ 2,88 para o etanol e R$ 3,41 para o diesel.
Greve
A greve dos transportadores de combustível teve início na quarta-feira à noite. De acordo com o Sindtanque, houve adesão de 100% da categoria no estado. Os trabalhadores protestaram contra a alta carga tributária que incide sobre os combustíveis, como PIS, Cofins e ICMS. Uma reunião com representantes dos Governos estadual e federal está prevista para ocorrer esta semana.