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Faturamento no Dia das Crianças deve atingir níveis pré-pandemia em Juiz de Fora

COMERCIO DIA DAS CRIANCAS Leonardo Costa 7
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O faturamento no Dia das Crianças em 2023 deve superar níveis pré-pandemia, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A segunda data mais importante no segundo semestre, atrás apenas do Natal, já está movimentando as ruas de Juiz de Fora. Segundo o Sindicato do Comércio de Juiz de Fora (Sindicomércio-JF), a projeção nacional também se aplica à cidade, que inicia, neste mês, as contratações temporárias de fim de ano.

Fatores como juros mais baixos e o menor aumento de preço podem influenciar o aquecimento das vendas neste feriado. A CNC mostrou que, a nível nacional, o preço médio da cesta composta por onze grupos de bens e serviços relacionados à data está 7% mais caro do que no ano passado. Isso representa uma desaceleração em relação ao aumento de 9,9% registrado no ano anterior, em comparação com 2021. “Terão alta nos preços itens como sapatos infantis (12,4%), livros (10,3%) e tênis (9%). Por outro lado, os videogames estão 8,5% mais baratos”, apontou a confederação, em nota.

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Procura para o Dia das Crianças começa a aquecer

Expectativa do setor é que procura por presentes aumente ainda mais nesta quarta-feira, véspera do feriado (Foto: Leonardo Costa)

Em Juiz de Fora, a expectativa dos vendedores é que a procura por presentes aumente ainda mais na quarta-feira (11), véspera do feriado. Na loja de brinquedos Mundo Mágico, o movimento já é grande desde o quinto dia útil do mês. Conforme o proprietário Bruno Abud, as vendas praticamente dobram no Dia das Crianças. Em relação ao ano passado, ele afirma que já tem notado aumento de 10% no faturamento, com os consumidores mais dispostos a gastar. “O nosso tíquete médio é de R$ 100, e os produtos mais procurados são jogos didáticos.”

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Na Ri Happy, a expectativa é que 2023 seja o “ano do brinquedo”. Conforme a franquia, em 2022 boa parte do orçamento das famílias no Dia das Crianças foi para figurinhas da Copa do Mundo. Esse ano, por outro lado, a expectativa é que os brinquedos voltem a ser a primeira opção de presente. O movimento nas lojas, inclusive em Juiz de Fora, tem se intensificado nos dias que antecedem a data e pode ser ainda maior no feriado.

Além de brinquedos, outras opções muito procuradas de presentes são roupas e calçados infantis. Na loja Shopping da Criança, a gerente comercial Jéssica Cláudio Silva vê que essas opções geralmente são escolhidas por avós para presentear os pequenos. Apesar de não ser a primeira escolha de muitos, ainda assim as vendas aumentam com a chegada do feriado. “Vendemos cerca de 30% a mais do que em outras épocas do ano. Em comparação com 2022, nossa expectativa é crescer 10%.”

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Recuperação lenta e consistente

O Dia das Crianças deve ser a data que vai iniciar o aquecimento das vendas de fim de ano em Juiz de Fora. Antes do Natal, o comércio ainda conta com a Black Friday em novembro. Emerson Beloti, presidente do Sindicomércio-JF, afirma que a recuperação total do setor em relação aos impactos da pandemia deve ser percebida nesta reta final. “Em Juiz de Fora, nós estamos com a expectativa de vender mais do que em 2019. É uma recuperação que tem sido lenta, mas ocorre de forma consistente.”

O Dia das Crianças, conforme Beloti, é uma data que impacta setores específicos, como os de brinquedos e vestuário. Nesses segmentos, avalia, é comum que o faturamento cresça 50% em comparação a outros períodos do ano. Para atender a alta demanda, os empresários já começaram as contratações temporárias. “Nesses meses de setembro e outubro já estamos vendo algumas contratações temporárias sendo feitas. É em novembro mesmo que a maior parte do pessoal será chamado. Esse ano ainda com mais vigor que nos últimos, o que consequentemente vai injetar mais dinheiro na economia e melhorar nossos resultados.”

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Conheça os seus direitos

Em alguns casos, a compra do presente não é o fim da saga para agradar os pequenos. Se o produto apresentar defeito, o Código de Defesa do Consumidor garante que a empresa é obrigada a trocar. A Tribuna conversou com a superintendente do Procon de Juiz Fora, Tainah Marrazzo, que deu algumas dicas sobre troca de presentes e compras on-line.

De acordo com ela, em caso de defeito o consumidor tem até 90 dias para realizar a reclamação com o fornecedor e este possui a obrigação de devolver o produto ou solucionar o problema. Se isso não for possível, o comprador deve ter seu dinheiro restituído. Segundo Tainah, o defeito, porém, não pode estar relacionado a uso inadequado ou desgaste natural da peça. “No caso de o fornecedor alegar uso inadequado pela criança, cabe a ele provar que o produto não foi utilizado corretamente. Tanto em caso de desgaste natural ou possível mau uso, o ônus da prova é do fornecedor.”

Mas se, por acaso, a criança não gostou do brinquedo ou a roupa não serviu, o fornecedor não é obrigado a trocar. Apesar disso, na maioria dos casos essa troca acontece. O prazo pode variar de estabelecimento para estabelecimento e deve ser acordado entre as partes.

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Para compras on-line existe o direito do arrependimento da compra. Conforme explica a superintendente, assim que o produto chega, o consumidor tem prazo de sete dias – a partir do recebimento do produto – para se arrepender. “Se ele se arrepender antes de receber, se foi uma compra por impulso movida pelo desejo da criança, ele também tem sete dias para desistir da contratação, e o valor pago deve ser restituído.”

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