Boas expectativas norteiam o setor de bares e restaurantes na data que comemora o Dia dos Pais, no próximo domingo, dia 13. Segundo pesquisa elaborada pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) no mês de julho, 89% dos estabelecimentos do país aguardam o crescimento do faturamento em comparação à mesma celebração no ano anterior. A grande maioria dos locais participantes da pesquisa vai abrir no domingo.
A pesquisa também abrangeu o faturamento do mês de junho, e 18% dos estabelecimentos operaram com prejuízo, enquanto 50% obtiveram margem de lucro. Conforme afirma Francele Galil, Presidente da Abrasel, “na Zona da Mata as empresas têm demonstrado sinais claros de recuperação: registramos queda de 6% no percentual de casas operando em prejuízo. Mas a média das que operam em equilíbrio continua se mantendo em torno dos 32%. Isso significa que 50% dos estabelecimentos ainda buscam se recompor dos prejuízos acumulados nos últimos anos. Ou seja, ainda precisamos de atenção do Poder Público para nos reequilibrar e continuar a gerar emprego e renda”.
Segundo a nota da Abrasel, há um dado considerado preocupante, sobre as empresas de alimentação fora do lar consultadas no país, nas quais mais de um terço (38%) se encontram com dívidas em atraso, incluindo empréstimos, dívidas com impostos ou fornecedores. No que diz respeito à Zona da Mata, o índice é de 30%, portanto, apresentou uma redução de 15% em relação à última pesquisa. A Associação reitera que o cuidado ainda é necessário, embora o cenário esteja melhorando.
Dentre as dívidas registradas pelos empresários da região, segundo a Abrasel, a maioria se concentra em impostos federais (770%), impostos estaduais (47%), encargos trabalhistas/previdenciários (29%), taxas municipais (24%), serviços públicos como água/luz/gás/telefone (35%) e fornecedores de insumos (24%).
Outro destaque da pesquisa regional é que quase dois terços (57%) das empresas consultadas contam com empréstimos contratados atualmente, e entre estas a maioria (63%) recorreu ao Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). Contudo, a inadimplência do programa no setor está bem acima da média, chegando a 18%, enquanto a média geral é de apenas 4%. Para além disso, 17% dos empresários ainda não começaram a pagar as parcelas.