Se não houver imprevistos, a fábrica-escola do Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT) será reaberta ao varejo ainda este mês. A data cogitada internamente é 31 de agosto. Caso a perspectiva se concretize, representará o fim de uma longa espera. O primeiro prazo inicialmente previsto para a reinauguração foi setembro de 2010, há quase seis anos. A unidade fabril viveu cinco anos de reforma, culminando em oito anos de inoperância comercial, e recebeu mais de R$ 3,3 milhões em investimentos. Procurada, a Epamig, por meio de sua assessoria, confirmou que o dia 31 é o previsto, sem antecipar detalhes sobre a retomada da operação comercial.
Durante a abertura da Semana do Laticinista, realizada em Juiz de Fora no mês passado, o presidente da Epamig, Rui Verneque, afirmou que a retomada da produção para o varejo aconteceria “nos próximos dias”. Mesmo sem precisar data, ele afirmou que, ao longo do ano, foram estruturadas várias ações para atingir este objetivo, como a liberação do Serviço de Inspeção Federal (SIF), que havia sido perdido, a criação do novo rótulo, já aprovado, e a retomada do código de barras, que estaria em andamento. Conforme Verneque, na época, estava em curso a recuperação de equipamentos que ficaram parados nos últimos anos.
Nos bastidores, um dos entraves para a reabertura seria a definição da origem de fornecimento do leite para a produção industrial. A matéria-prima deve vir da própria fazenda da Epamig, mantida no campo experimental em Leopoldina, cuja produção de leite é considerada satisfatória. A produção inicial, conforme informou Verneque em julho, seria de mil litros por dia ou cinco mil por semana, ampliada a partir da demanda. A capacidade de industrialização chegaria a 32 mil litros de leite por dia.
Derivados
Entre os produtos esperados neste primeiro momento estão queijos, iogurtes e, possivelmente, doce de leite. Outras possibilidades seriam requeijão, manteiga e bebidas lácteas. A venda, neste primeiro momento, deve ficar centralizada na loja anexa ao instituto, localizada no Bairro Santa Terezinha. Não há perspectiva para criação de novos postos de trabalho. A unidade deve operar com os funcionários que já fazem parte do ILCT. A fábrica-escola, até agora, é utilizada exclusivamente para aulas práticas do curso técnico de leites e derivados e para a pesquisa.