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Juiz de Fora terá Comitê de Recuperação Econômica

galerias fechadas by leonardo costa

Na manhã desta quinta, lojas localizadas em galerias amanheceram com as portas fechadas (Foto: Leonardo Costa)

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Juiz de Fora ganhou um Comitê de Recuperação Econômica de Juiz de Fora (Corec). O órgão foi criado na última quarta-feira (9) durante reunião realizada entre representantes de 13 entidades patronais dos setores de comércio, serviços e indústria. De acordo com os idealizadores, a proposta é discutir a crise econômica e elaborar medidas emergenciais para a recuperação do setor produtivo local.

Na ocasião também foi agendada a data para a primeira reunião do Corec, 5 de janeiro de 2021, quando será escolhida a diretoria e haverá a definição dos pleitos do setor empresarial a serem encaminhados ao Legislativo e ao Executivo.

A iniciativa de criação do Corec surgiu a partir de reunião entre a presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) Zona da Mata, Francele Galil Rocha, e o vereador e integrante do Comitê Municipal de Enfrentamento ao Covid-19, Sargento Mello (PTB). De acordo com Francele, a iniciativa busca solução para as dificuldades enfrentadas pelos empreendedores em decorrência da Covid-19. “Está muito complicado empreender e manter as portas abertas frente à pandemia. Essa é uma forma que encontramos para tentar encurtar e facilitar essa conversa do setor produtivo com as autoridades locais.”

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Para o vereador, é importante haver a participação do setor produtivo para encontrar o equilíbrio entre as ações sanitárias e de retomada econômica. “Neste momento de enfrentamento à Covid, é preciso buscar formas de reaquecer a economia. E na tomada de decisões, os setores produtivos precisam ter voz.”

Comissão especial
Sargento Mello adiantou que apresentará na Câmara Municipal o requerimento para a formação de uma Comissão Especial de Recuperação Financeira, que terá como função receber as pautas do setor produtivo e discuti-las em reunião colegiada com representantes do Executivo e das classes patronal e dos empregados. Procurada pela Tribuna, a assessoria da Câmara não se manifestou sobre a proposta.

Além da Abrasel Zona da Mata, participaram da reunião de criação do Corec, representantes de Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (SHRBS-JF); Centro Industrial; Associação Comercial e Empresarial de Juiz de Fora (ACE-JF); Agência de Desenvolvimento de Juiz de Fora (ADJF); Associação das Academias de Juiz de Fora (ACAD); Associação das Empresas do Distrito Industrial (ASSEDI); Associação das Indústrias do Milho Branco; Juiz de Fora Convention & Visitors Bureau; Sindicato do Comércio de Juiz de Fora (Sindicomércio-JF); Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria de Juiz de Fora (Sindpan/JF); Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Juiz de Fora (SETCJF); e Sindicato Intermunicipal da Classe Econômica do Setor de Beleza e Similares de Juiz De Fora e Região (Sinterbel).

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Sensibilidade no equilíbrio econômico e sanitário

Em nota, sobre a criação da iniciativa, a PJF destaca que é sensível quanto ao equilíbrio entre os aspectos econômicos e sanitários no enfrentamento à pandemia, o que é demonstrado no compromisso de tomar decisões colegiadas, inclusive no comitê de enfrentamento à Covid-19, que inclui, entre outros, representantes do poder público, forças de segurança, hospitais e setor produtivo da cidade.

Para a saída da crise, a Prefeitura trabalha de forma incansável, trazendo novos modelos de desenvolvimento regional, baseados nas premissas da economia circular, de baixo carbono e economia criativa, apontadas como os modelos de desenvolvimento adequados para o novo momento da sociedade: global, sustentável e tecnológica. Entre as ações, está a Plataforma de Bioquerosene e Renováveis da Zona da Mata, a implantação do Programa Produtor de Água (PPA) e a instalação de um centro de desenvolvimento tecnológico de combustíveis renováveis na cidade. Destaca-se, ainda, o programa “Juiz de Fora 2030”, que tem como principal objetivo criar espaços para a sociedade participar de um esforço de desenvolvimento alinhado aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ODS).

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Ressalta-se que a Prefeitura renovou, em 2019, o Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia e Inovação (Comdeti), espaço legítimo para que as instituições se sintam representadas, na medida em que muitas das discussões são tratadas no âmbito técnico, para a construção de políticas públicas que atendam ao anseio de todo o setor produtivo, o que, automaticamente, vai ao encontro do interesse público.

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