Juiz de Fora é a quarta cidade mineira mais competitiva, oferecendo melhores condições para o surgimento e desenvolvimento de pequenos negócios, segundo estudo do Sebrae Minas divulgado ontem. Belo Horizonte, Uberlândia e Nova Lima ocupam, nesta ordem, as três primeiras posições. Apesar de figurar no topo da lista, o desempenho juiz-forano não foi suficiente para alavancar o índice de competitividade da Zona da Mata, que foi avaliado como “baixo” pelo estudo.
A Pesquisa Índice de Competitividade Municipal comparou o grau de competitividade de 853 municípios em todas as regiões do estado. Realizada desde 2010, ela aponta características locais que podem gerar vantagens ou criar obstáculos para o desenvolvimento das empresas. Em todas as edições, as quatro primeiras posições do ranking sempre foram ocupadas pelos mesmos municípios. “São cidades que apresentaram estruturas econômicas e institucionais favoráveis, como dinamismo econômico, incentivos governamentais e infraestrutura adequada para o surgimento de novos empreendimentos e estímulo à competitividade das empresas”, afirma o diretor de Operações do Sebrae Minas, Fábio Veras.
De acordo com o Sebrae, a avaliação é feita considerando os critérios de performance econômica, que abrange os aspectos relacionados à atividade econômica, ao comércio internacional, à remuneração e ao emprego; suporte aos negócios, que compreende o mercado de trabalho e as instituições de apoio; capacidade de alavancagem do governo, que inclui finanças públicas; quadro social, que engloba os principais indicadores sociais; e infraestrutura, que considera saúde, educação e meio ambiente. Juiz de Fora registrou melhor desempenho no critério de performance econômica, e o pior em suporte aos negócios.
Regiões
Na análise do desempenho por regiões, apenas Centro e Triângulo tiveram índices de competitividade considerado altos. Em seguida na lista estão Sul, Zona da Mata, Rio Doce e Noroeste, nesta ordem, com índice “baixo”. As regiões Norte e Jequitinhonha/Mucuri aparecem em penúltimo e último lugares com desempenho “muito baixo”. Na Zona da Mata, a performance econômica também foi o critério com maior avaliação. Já a capacidade de alavancagem do governo registrou pior resultado.
A pesquisa mostrou que 655 cidades do estado foram incluídas nos dois níveis mais baixos de competitividade. A localidade com menor nota foi Sebutinha, no Vale do Mucuri. Para a analista de Inteligência Empresarial do Sebrae Minas, Venússia Santos, o resultado é explicado pela diversidade econômica dentro do próprio estado. “O importante é analisar cada critério separadamente de forma que se possa contribuir para uma melhora do desempenho.”