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Mercedes vai transferir produção de caminhões para São Bernardo do Campo

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Anúncio foi feito pelo presidente da Mercedes-Benz do Brasil e CEO para América Latina, Philipp Schiemer
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A Mercedes-Benz confirmou oficialmente a decisão de transferir, gradualmente, a produção de caminhões feita hoje em Juiz de Fora para São Bernardo do Campo, em São Paulo. Em contrapartida, vai concentrar, a partir de 2016,  a produção de cabinas e pintura de todos os veículos da montadora. Para isso, a Mercedes anunciou investimento de R$ 230 milhões para duplicar e ampliar as instalações da linha de montagem bruta na unidade local. O objetivo da medida é  “aumentar a sinergia” entre as fábricas mineira e paulista e utilizá-las de forma “mais eficiente”.

O anúncio foi feito hoje pela manhã pelo presidente da Mercedes-Benz do Brasil e CEO América Latina, Philipp Schiemer, a um grupo de jornalistas. Segundo ele, Juiz de Fora produz hoje cerca de dez mil cabinas por ano. Com a transferência, a demanda chegaria a 50 mil, com potencial de atingir a marca de 80 mil.

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Conforme Schiemer, a produção do Accelo será direcionada para São Bernardo do Campo em 2016. O modelo concentra mais de 90% da produção juiz-forana, estimada entre 12 e 13 mil unidades por ano. A previsão de 2018 para transferência do Actros não foi confirmada pelo CEO. Segundo o presidente, a decisão estratégica de reorganizar as linhas de produção no país aconteceu há cerca de um ano e meio. Com a saída dos setores de montagem bruta e pintura de São Bernardo do Campo, ganha-se espaço para que a unidade paulista concentre a linha de produção, hoje dividida com Juiz de Fora. Lá, o investimento anunciado chega a R$ 500 milhões para modernização da planta.

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  Sobre a mão de obra, hoje são 750 trabalhadores diretos, sendo 168 em lay-off (suspensão temporária dos contratos de trabalho), o presidente comentou que “os postos de emprego devem estar mantidos no nível de 2016”.  Outras medidas de contenção comunicadas ontem foram implantação de banco de horas em outubro e novembro e férias coletivas em dezembro, com a interrupção da produção na fábrica durante o último mês do ano.

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