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Nível de confiança de pequenas empresas cai em Minas

Comercio fechado FERNANDO PRIAMO arquivo TM
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Ao longo do mês de julho, a confiança dos empresários de pequenas empresas em Minas Gerais apresentou queda, conforme o Índice Sebrae de Confiança dos Pequenos Negócios (Iscon). A pesquisa entrevistou 1.410 representantes deste setor no estado, o que resultou no total de 117 pontos. O índice varia de 0 a 200 pontos. Um resultado acima de 100 pontos indica tendência de expansão da atividade. O valor igual a 100 aponta estabilidade e menor que 100, sinaliza retração. Em junho, foram registrados 121 pontos, demonstrando que os empresários estão menos otimistas em relação ao cenário econômico do país. O segmento que apontou menor confiança foi o de serviços, totalizando 115 pontos; já o mais confiante foi o comércio, com 119 pontos.

A pesquisa mostra que a expectativa dos empresários caiu, entre junho e julho, tanto em relação ao atual cenário dos negócios, quanto a respeito da aposta em melhora a curto prazo. Em números, o Índice de Situação Recente (ISR) teve queda de quatro pontos, foi de 88 para 85, enquanto o Índice de Situação Esperada (ISE) caiu cinco pontos, de 138 para 133. A economista e analista do Sebrae Minas, Paola La Guardia, avalia que, ao mesmo tempo em que os empreendedores mantêm uma expectativa de melhora para os próximos três meses, também avaliam que o cenário está menos animador.

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Os dois subíndices, o ISE e o ISR, fazem parte do Iscon, sendo que o primeiro tem peso dobrado no cálculo do indicador de confiança dos pequenos negócios. A analista do Sebrae explica que os estímulos fiscais e de renda promovidos pelo Governo ao longo dos últimos meses podem ter impactado, desta vez de forma positiva, sobre a confiança dos empresários do estado ao longo do ano.

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Ao longo deste ano, o Iscon manteve média de 117 pontos. A economista analisa que o aumento da inflação e das taxas de juros, aliado ao alto índice de desemprego, reflete na situação econômica do país e, consequentemente, em menos segurança por parte dos empresários. “Além disso, a proximidade das eleições acentua as incertezas em relação aos rumos da economia”, avalia Paola La Guardia.

Segundo a pesquisa, a confiança dos empresários de pequenos negócios tem sido mais positiva em relação ao cenário futuro de curto prazo do que sua avaliação sobre os últimos três meses. O ISE manteve uma média de 134 pontos no período, enquanto o ISR registrou média de 82 pontos.

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Avaliação por porte e setor

De acordo com o levantamento, as empresas de pequeno porte (EPP) e as microempresas (ME) apresentaram confiança mais elevada em julho, com 127 e 124 pontos. No entanto, o Iscon dos microempreendedores individuais (MEI) ficou em 111 pontos. Dessa forma, observa-se que os grupos de pequenos negócios apresentaram queda da confiança em julho, mas as ME e os MEI tiveram uma queda maior, ambos de cinco pontos. Já o Iscon das EPP caiu dois pontos em relação a junho.

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O comércio passou a ser o setor mais confiante (119), seguido da construção civil (117). A indústria ficou com 116 pontos e os serviços com o menor indicador, 115. Os setores que apresentaram as maiores quedas foram a construção civil (-8) e os serviços (-7). Todos os setores tiveram queda da confiança, exceto a indústria, cujo indicador aumentou três pontos.

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