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Em visita a JF, presidente da Caixa diz apostar em retomada econômica para o 2º semestre

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O presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, esteve neste sábado (10) em Juiz de Fora para acompanhar o início da quarta e penúltima fase dos saques das contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Para atender os trabalhadores nascidos nos meses de setembro, outubro e novembro, as agências da Caixa funcionaram neste sábado das 9h às 15h.

Presente na abertura Agência Manchester, na Avenida Rio Branco, Gilberto Occhi destacou a dimensão da Medida Provisória que, segundo ele, injetou fôlego na economia brasileira. “Estamos falando de R$ 27,8 bilhões já sacados. A partir de hoje falamos de mais 7,5 milhões de trabalhadores, com R$ 11 bilhões de valor. Já creditamos nessa madrugada mais de R$ 3 bilhões em conta. Então, ultrapassamos os R$ 30 bilhões. Nossa previsão era de que iríamos implementar em torno de 0,4 do PIB. Com nosso recálculo de avaliação dos valores que ainda serão liberados, chegando a R$ 40 bilhões até o mês que vem, vamos ter num incremento no PIB de 0,5%. Foi uma medida importante nesse período de crise e dificuldades”, analisa Occhi, mineiro de Ubá que já assumiu o Ministério da Integração Nacional, de 2015 a 2016, e foi Ministro das Cidades de 2014 a 2015.

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De acordo com Occhi, concluídos os saques, em julho, haverá o pagamento de resíduos de todas essas contas. “No mês de agosto, até o dia 31, a Caixa vai fazer, para todos os trabalhadores que têm saldo na conta do Fundo de Garantia, a distribuição dos dividendos. Essa divisão do lucro desse fundo é outra decisão da Medida Provisória. Não vai haver saque, mas uma melhora na remuneração. Hoje o FGTS remunera a 3% ao ano, taxa de juros mais a taxa referencial”, diz o presidente. “O dividendo é referente a 31 de dezembro do ano passado. Então, os trabalhadores vão ter o crédito do dividendo, mas a medida provisória estabelece que os saques das contas inativas só podem acontecer até 31 de junho. Esse resíduo ficará lá e quando o trabalhador completar o período para ter direito ao saque, voltarão à Caixa para efetuar esse saque.”

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Casa própria
Bastante otimista, o presidente da Caixa aponta para o financiamento habitacional como um termômetro da retomada econômica do país. “Passamos por um período com 11 edições do Feirão da Casa Própria em capitais brasileiras. Nos próximos dias 23, 24 e 25, vamos ter feirão em outras capitais e também em Juiz de Fora. Só com a primeira leva de feirões, crescemos, em relação ao ano passado, em 22%. Por isso acreditamos que o mercado está reagindo, a economia está melhorando, a inflação e a taxa de juros estão caindo, o que tende a gerar um cenário mais favorável”, comemora. “O que nós precisamos é de novos investimentos. Existe um número grande de recursos disponíveis e um número grande de imóveis também disponíveis. Gradativamente o mercado vai se reaquecendo”, avalia.

Após anunciar no último dia 6, em Brasília, a redução das taxas de juros do financiamento habitacional para o segundo semestre, Occhi recuou. “Estamos estudando isso”, afirma. “Devemos separar o financiamento imobiliário em duas frentes: a primeira, em relação aos recursos do FGTS, com a taxa já estabelecida, baixa. A segunda, em relação à poupança. A taxa de juros com recursos da poupança é que sofre variação, no que chamamos de financiamento de mercado. O fundem (fonte de recursos utilizada pelos bancos e instituições financeiras para pagar os financiamentos habitacionais contratados pelos clientes) aí é um pouco mais caro, o que faz com que haja aumento ou diminuição da taxa de juros, em função da própria taxa Selic”, explica.

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Para Occhi, a redução da Selic feita pelo Comitê de Política Monetária (Copom) no final de maio pode gerar um novo cenário nos ativos financeiros. “Aquelas pessoas que sacaram seu dinheiro da poupança porque a Selic estava alta, migraram para outros ativos, como CDB (Certificado de Depósito Bancário), LCI (Letra de Crédito Imobiliário), fundos de investimentos. Agora, com a queda da Selic, há uma competitividade maior da poupança, que é um ativo isento do imposto de renda e que tem liquidez diária. Havendo essa migração, a retomada da economia e a poupança tendo captação líquida positiva, a tendência é que a taxa de juros da habitação de mercado caia”, defende Occhi.

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