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Indústria e construção civil mantêm atividades mesmo com lockdown em JF

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Os setores da indústria e da construção civil estão mantendo os trabalhos nas fábricas e nos canteiros de obras. As entidades representativas das classes alegam que estão sendo adotados rigorosos protocolos com objetivo de diminuir os riscos e evitar a proliferação do coronavírus e que estão em diálogo com a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), a fim de encontrar as melhores maneiras de manter as atividades dentro da segurança possível. À Tribuna, a PJF informou que, a respeito dos posicionamentos dos setores, “considerando o decreto municipal 14.383, publicado na última segunda-feira (8), está suspenso o atendimento presencial de todas as atividades no Município pelo prazo de uma semana. Alternativas estão sendo estudadas em diálogo da Prefeitura com todos os diversos agentes envolvidos nesse processo.”

De acordo com o presidente do Sindicato da Construção Civil de Juiz de Fora (Sinduscon-JF), Aurélio Marangon, um canteiro de obras é um ambiente que não favorece a transmissão do vírus. ” Geralmente, as pessoas trabalham de forma separada, em pavimentos diferentes e em ambientes abertos. Esses locais costumam ser ventilados e não há aglomeração, o que diminui os riscos”, considera.

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Marangon pontua que existe uma recomendação do próprio segmento e dos empresários, por meio do Sinduscon, para o aumento dos cuidados nos canteiros de obras no que se refere ao respeito à higiene ao escalonamento de horário de almoço, evitando que mais trabalhadores fiquem juntos.

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“Formamos uma comissão para instruir as empresas para o que devem fazer e, na medida do possível, reduzir o número de funcionários trabalhando, neste primeiro momento. Nós não enxergamos o lockdown como necessário no setor de construção civil, porque é uma atividade considerada essencial”, avalia, ressaltando que essa comissão foi formada para montar propostas para os funcionários e para apresentar à Prefeitura.

“Estamos fazendo contato com a PJF a fim de discutir esse assunto e criar um protocolo para o setor”, afirma, estimando que a cidade tem, atualmente, algo perto de dez mil trabalhadores no ramo e que, ao longo do período de pandemia, o Governo federal tem estimulado a construção civil.

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Sindicato da Construção Civil estima que setor empregue hoje cerca de dez mil trabalhadores (Foto: Marcelo Ribeiro)

“É um setor que emprega e mantém pessoas com instruções mais básicas trabalhando. Se fechar a construção civil, se terá o contrário disso e virá um grave problema social. Então o Governo federal considerou a atividade como essencial e não houve a necessidade de paralisar os trabalhos, aumentando os cuidados nos canteiros de obras, a fim de evitar o desemprego, porque é uma setor que abarca trabalhadores do com ensino de primeiro grau até ensino superior.”

Indústria

Heveraldo Lima de Castro, presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) Regional Zona da Mata, também aponta que o ramo industrial é essencial, porque, abarca setores fundamentais para o abastecimento do município. “Por exemplo, tem a indústria farmacêutica, alimentícia, e elas não podem parar, porque senão o desabastecimento vai chegar, porque, se nosso setor farmacêutico parar, daqui a pouco vai faltar remédio. A indústria alimentícia, se paralisar, terá carência de alimento”, enfatiza.

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Segundo ele, a área de produção está ativa com todos os cuidados, como distanciamento, uso de álcool em gel, de máscara e de tudo que for possível fazer para a prevenção da Covid-19. “É preciso destacar que nosso pessoal de escritório, por exemplo, está trabalhando em esquema de home office, assim como o pessoal de venda, naquelas indústrias que contam com vendedores. Em outras cidades onde estão sendo realizados lockdowns, as medidas estão sendo adotadas dessa forma, porque para a indústria é difícil parar. Imagina parar os fornos da Belgo? Seria uma atitude para destruir uma produção inteira, porque é necessário ter uma continuidade”, ressalta.

O presidente da Fiemg Regional Zona da Mata, Heveraldo Lima de Castro, afirma que o segmento vem conversando com a Prefeitura, mostrando para a Administração municipal a necessidade da indústria. “Estamos abertos a conversas e a contribuir, pois não é de nosso interesse, de jeito nenhum, colaborar com a disseminação dessa doença e sim com a recuperação da saúde das pessoas e sem deixar a população desabastecida. A indústria de tecido, por exemplo, fabrica para a confecção de máscaras e roupas para hospitais. As lavanderias industriais que lavam as roupas dos hospitais, nada disso pode parar”, observa, acrescentando que ele também é presidente do Sindicato da Panificação, em Juiz de Fora, e que, nesse setor, também estão sendo cumpridos todos os protocolos.

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