Os táxis de Juiz de Fora já circulam com cobrança de bandeira 2 durante 24 horas, medida que segue em vigor durante o mês de dezembro. O valor da bandeirada de partida segue em R$6,83, e cada quilômetro rodado calculado pelo taxímetro na bandeira 2 continua em R$ 4,10. Paralelamente, os juiz-foranos também observam o aumento nos preços das corridas de transporte por aplicativo. Em alguns casos, a cobrança é quase três vezes mais cara do que o usual.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Taxistas, José Moreira de Paula, não houve reclamações de usuários do serviço sobre a cobrança da bandeira 2 em dezembro, período em que a demanda é maior. “O movimento melhora um pouco, com cerca de 30% de aumento na procura”, estima. “Dezembro é um mês que chove bastante, as pessoas saem mais e o trânsito fica pior. Nessas condições, nossos concorrentes, os carros de aplicativo, cobram tarifas maiores. Então, as pessoas acabam correndo para o táxi.”
Em Juiz de Fora, a mudança para a cobrança da bandeira 2 no mês de dezembro é determinada pela Lei Municipal nº 14.158, promulgada em janeiro de 2021. Nos outros meses, o valor da bandeira 2 é cobrado apenas nas corridas de táxi feitas das 22h às 6h, em dias úteis, e em todos os horários de domingos e feriados.
Preços mais altos no transporte por aplicativo
Quem utiliza os aplicativos de transporte na cidade tem observado aumento nos valores da corrida para destinos usuais. À Tribuna, uma usuária do serviço contou que costumava pagar até R$20 para uma viagem de cerca de seis quilômetros, mas notou preços mais altos nos últimos dias, com a cobrança variando entre R$69 e R$74.
Outro usuário afirmou que, para uma corrida de cerca de três quilômetros, o aplicativo cobrava R$20. Recentemente, o cálculo estimado foi de R$42, mais do que o dobro do valor de costume. Uma mulher que também pagava R$20 para um trajeto de cinco quilômetros relatou que a corrida estava estimada entre R$49 e R$63, na última segunda-feira (8), quase três vezes mais cara do que o habitual.
A Tribuna questionou a Uber e a 99, os aplicativos de transporte mais populares, se houve aumento da tarifa cobrada pelo serviço em dezembro. A 99 informou que o preço final da corrida por meio do aplicativo utiliza uma equação que considera a distância percorrida e o tempo de deslocamento do usuário, que é definido de acordo com a oferta e a demanda de motoristas parceiros na região. “É importante ressaltar que o valor final pode ser afetado por variantes como excesso de trânsito, chuva ou aumento de pedidos de carros por meio da plataforma.”
Em nota, a Uber afirmou que, se as demandas por viagens em uma determinada área são maiores do que o número de motoristas parceiros circulando na região naquele momento, o preço se torna dinâmico, e o valor da viagem pode se tornar mais caro do que o habitual para aquele mesmo trecho. “O preço dinâmico é aplicado para incentivar que mais motoristas se conectem ao aplicativo e, assim, os usuários tenham um carro sempre que precisar. Quando a oferta sobe novamente, os preços voltam aos valores normalmente praticados.”