A Uber começa a operar em Juiz de Fora a partir das 14h desta quinta-feira (10). A cidade será a 29ª no país a receber o serviço. A informação foi repassada pelo gerente de comunicação da empresa, Pedro Prochno, em entrevista concedida à Tribuna. Ele explicou como funcionarão os sistemas de cobrança, pagamento e segurança, e confirmou que o serviço implantado será o UberX. Neste modelo, as viagens são realizadas por carros compactos com ar condicionado e quatro portas, ano a partir de 2008, e sem cor definida. Segundo ele, a lei municipal 13.271, que proíbe o uso de veículos particulares cadastrados em aplicativos para o transporte remunerado individual, não será impeditivo para as operações.
Em reunião realizada nesta quarta-feira (9), os motoristas cadastrados serão informados oficialmente sobre a implantação do serviço. De acordo com Prochno, todos que irão atuar na Uber passaram por uma avaliação criteriosa. “Como forma de aumentar a segurança das viagens, todos os nossos motoristas parceiros passam por verificação de informação, antecedentes criminais e análise de documentos.” Segundo informações de bastidores, o número de motoristas que se cadastraram com interesse em atuar pela Uber na cidade chegaria a 700.
O valor da tarifa que será praticado na cidade também já foi definido. Prochno explicou que o sistema de cobrança da Uber é um somatório entre um preço base, o valor por quilometragem e uma cobrança por tempo de viagem. Em Juiz de Fora, a tarifa irá somar R$ 2,50 do preço base mais R$ 1,19 por quilômetro rodado e mais R$ 0,13 por minuto. A princípio, o pagamento será feito apenas por cartão de crédito ou conta no PayPal. Os usuários já podem baixar o aplicativo, por meio do Google Play, App Store e Windows Store, e fazer o cadastro, que inclui nome, e-mail e número do cartão. Também serão cobrados preço mínimo e taxa de cancelamento, ambos no valor de R$ 6. “O preço mínimo estabelece que as corridas que ficarem abaixo deste valor serão arredondadas para R$ 6. Já a taxa de cancelamento será cobrada do usuário quando ele desistir da corrida após cinco minutos do pedido do carro.”
Inicialmente não deve ser praticado a cobrança de “preço dinâmico” da Uber, aquele em que a tarifa encarece conforme o aumento da demanda por carros, e o aplicativo informa ao usuário por meio das cores vermelha, laranja ou amarela as regiões mais procuradas. Este sistema pode vigorar depois que o serviço for consolidado na cidade, conforme explicou a Uber. Neste modelo, o usuário paga mais que o valor de uma tarifa (R$ 2,50+ R$ 1,19 por quilômetro rodado + R$ 0,13 por minuto de viagem), podendo ser de uma tarifa e meia ou duas, por exemplo. O aplicativo também informa ao usuário por qual número a tarifa será multiplicada.
Sobre a legislação municipal, Prochno não considera um impeditivo. “Nós temos hoje uma Política Nacional de Mobilidade Urbana que define a regulação do transporte público individual, que é o caso dos táxis, por parte das prefeituras, mas não regulamenta o transporte privado individual, que é o caso da Uber. Nós trabalhamos em busca de uma regulamentação positiva para o uso da tecnologia, que é o negócio da nossa empresa.”