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Consumidores juiz-foranos fazem fila por ovos de Páscoa

americanas
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Mesmo com o isolamento social recomendado como forma de diminuir a propagação do coronavírus, muita gente saiu nesta quinta-feira (9) para fazer compras de Páscoa. Isso ocorreu principalmente no Centro de Juiz de Fora, mesmo com a maior parte das lojas fechada, em virtude de decreto municipal. A Tribuna flagrou inúmeras pessoas formando fila em frente a Lojas Americanas localizada no Calçadão da Rua Halfeld, na busca por ovos de chocolate a dois dias da Páscoa, comemorada neste domingo (12).

Mesmo com anúncio na porta da loja informando um número de WhatsApp para pedidos e entrega a domicílio de produtos, muita gente acabou enfrentando a fila, sem se preocupar com a distância mínima defendida pelas autoridades de saúde de cerca de dois metros, para evitar a propagação do vírus. Algumas pessoas encararam a fila usando máscara de proteção. Nos últimos dias, a região central passou a ter maior circulação de pessoas, inclusive com pontos de ônibus com aglomeração. A Tribuna mostrou, na edição desta quinta, que Juiz de Fora é a cidade do interior mineiro líder no número de pacientes positivos à Covid-19.

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Neste ano, para evitar a ida do cliente à loja física ou ainda que ficasse por muito tempo na unidade, a Americanas disponibilizou em seu site e também pelo aplicativo a opção de comprar e receber na mesma data. Para facilitar, ainda segundo a assessoria, a rede disponibilizou um hotsite em que o cliente consulta a disponibilidade do serviço de entrega para o CEP informado e é direcionado para o WhatsApp da loja mais próxima para realizar o pedido. A aposta, este ano, é em produtos de marca própria, além de itens de bomboniere e linhas de super heróis e personagens infantis.

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Vendas de última hora

As vendas de última hora são uma aposta dos lojistas, neste ano, cujo setor enfrenta dificuldades em virtude da queda brusca do movimento nas ruas ao longo deste período, cenário muito diferente do observado em anos anteriores. Por outro lado, para fomentar as vendas, os consumidores estão encontrando preços mais acessíveis diante de promoções e descontos oferecidos pelas lojas, além de vantagens como a entrega gratuita.

O gerente de um supermercado, entretanto, se disse surpreso com o movimento maior, desde a última segunda-feira. “Foi uma semana considerada positiva em relação às vendas de ovos, chocolates e produtos de Páscoa. Percebemos, de fato, menos pessoas no mercado, mas, elas têm levado mais quantidade de ovos. Até o momento, nossas vendas estão equiparadas com o percentual observado no ano passado.” Como muitos consumidores deixam para última hora, o gerente aposta no aumento do movimento até domingo. “Estamos preparados para isso, não só esta unidade, mas todas as outras seis lojas que integram a rede. Inclusive, nossos estoques estão abastecidos assim como no ano anterior”, destacou o gerente, que preferiu não se identificar.

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Apostando em descontos e diante da impossibilidade de as pessoas circularem pelo Centro e shoppings, a empresária Lúcia Rocha Barbosa, franqueada da Cacau Show em Juiz de Fora, diz que a demanda formalizada por WhatsApp, e-commerce e delivery superou as expectativas. “Estamos aprendendo com este novo formato. Trabalhamos com o atendimento personalizado com o consumidor dentro da loja física e agora partimos para a mídia digital. Está funcionando muito bem, apesar de não ser o que esperávamos com a loja aberta. Dentro do cenário atual, fomos bem procurados e conseguimos colocar nosso produto dentro da casa das pessoas. Nossa expectativa era de um crescimento 3%, mas, devido à situação, ainda teremos produtos de Páscoa para as próximas semanas.” A data representa cerca de 30% do faturamento anual da rede.

Com a expectativa inicial de elevar as vendas em 10%, antes da pandemia, a Associação Mineira de Supermercados (Amis) destacou que os produtos relacionados à data, como ovos, chocolates, azeites, azeitonas e peixes, estão com descontos. Ainda conforme a entidade, os ovos de chocolate sofreram queda de preço antecipada por parte das fábricas, o que acarretou em descontos nos pontos de venda que variam de 20% a 50%. À reportagem, o vice-presidente regional da Amis em Juiz de Fora, Álvaro Pereira Lage, disse acreditar que as vendas podem ser alavancadas nesta última hora e com produtos a valores mais acessíveis. “Não tivemos cancelamentos de pedidos pois tudo é comprado com bastante antecedência. O que vemos agora é um esforço em conjunto feito pela indústria e o varejo para evitar problemas maiores e conseguir vender os produtos que estão nos pontos, favorecendo o consumidor.”

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