Após sete dias de greve, os bancos juiz-foranos voltaram às atividades normais nesta terça-feira (7). Em algumas agências do centro da cidade, não houve grandes alterações no fluxo de clientes logo nos primeiros minutos de abertura das atividades. Já em outras, uma longa fila foi formada dentro e fora dos bancos.
Segundo o aposentado Wilson Afonso Milagre, de 61 anos, que aguardava para retirar a senha para ser atendido em uma agência do Calçadão da Rua Halfeld, a demora nesta terça chegou a ser maior do que em relação aos dias de atendimento reduzido. “Como eu dependia do serviço realizado somente na boca do caixa, tive que enfrentar muita demora nos dias de parada dos bancos. O atendimento parcial atrasou muito a nossa vida. E hoje não está sendo diferente. Com muita gente retornando às agências, a retirada da senha está complicada.”
O comerciante Rodrigo Dutra, de 37 anos, que aguardava para ser atendido em uma agência na Rua Santa Rita também criticou a greve dos bancários: “Eu precisava fazer um tipo de movimentação só realizada com o gerente e com a interrupção do serviço, não consegui ser atendido nestes últimos dias. Sem dúvidas, isso acabou prejudicando o meu comércio”.
Já para outros clientes, a paralisação das atividades quase não trouxe impactos, como foi o caso do policial aposentado Paulo Silveira, de 63 anos, que, por não ter o costume de utilizar o serviço das agências, disse não ter sofrido nenhum tipo de problema.
Durante os dias de greve, cerca de mil bancários cruzaram os braços nos municípios da Zona da Mata e do Sul de Minas. Na pauta de reivindicação, os bancários pediam, dentre outros pontos, reajuste de 12,5% do salário e melhores condições de trabalho. Em assembleia, a categoria aceitou a proposta feita pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), na última sexta-feira, 3 de outubro, que estabelece reajuste salarial de 8,5%.