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Pix Garantido promete mesma funcionalidade dos cartões de crédito

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Anunciado pelo Banco Central (BC) para 2022, a nova modalidade do Pix, o “Pix Garantido”, vai trazer a mesma funcionalidade dos cartões de crédito e pode ajudar a derrubar taxas de juros atualmente cobradas em crédito parcelado. A ferramenta, que ainda não tem data de lançamento, permitirá que o usuário parcele transações mesmo sem ter saldo na conta.

Isso será possível porque o próprio BC vai garantir o pagamento. Se a data da fatura chegar e o usuário continuar sem saldo, o banco realiza o depósito do dinheiro e o consumidor passa a dever para o banco, onde juros serão cobrados do cliente. Futuramente também terá opção para pagamentos de boletos. O consumidor terá um valor limite para fazer as compras.

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Entre os principais benefícios do Pix Garantido para os lojistas está a possibilidade de maiores vendas, visto que não será cobrado pelas operadoras de cartão de crédito e mantendo a garantia do recebimento dos valores parcelados.

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Já para os consumidores, haverá mais uma opção de crédito no mercado, melhorando o poder de compra, inclusive com taxas de juros que deverão ser bem menores em relação às operadoras de cartões de crédito. E outro ponto positivo do Pix Garantido é que não precisará mais de um cartão físico para realizar as transações, apenas utilizando o celular e o aplicativo do banco.

“Pix Garantido” permitirá que o usuário parcele transações mesmo sem ter saldo na conta (Foto: Fernando Priamo/Arquivo TM)

Crédito é tipo de pagamento mais usado pelos brasileiros

Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), só nos três primeiros meses de 2022, foram movimentados R$ 478,5 bilhões em pagamentos com cartões de crédito. O valor é 42,4% maior em comparação com o período de janeiro a março de 2021.

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O crescimento das transações de cartões de crédito está relacionado, segundo a Abecs, à expansão do comércio on-line. No entanto, junto com a alta do crédito está atrelado ao aumento da inadimplência. Em fevereiro o índice chegou a 5,8%. O presidente da Abecs, Rogério Panca, afirmou que o cenário econômico adverso está prejudicando a capacidade das famílias de manterem os pagamentos em dia.

“Desemprego elevado, inflação alta, taxa de juros elevada, isso tudo acaba provocando uma corrosão da renda das famílias”, enumerou, sobre as razões do aumento do percentual de pessoas com pagamentos em atraso. Ele ponderou, no entanto, que o patamar ainda está abaixo dos picos da série histórica de inadimplência no país.

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