O preço da gasolina caiu 1,68% em menos de uma semana em Juiz de Fora. O valor médio do litro, que era de R$ 3,913 no dia 25 de janeiro, caiu para R$ 3,847 no dia 31 do mesmo mês. Uma economia de R$ 0,66 a cada litro no bolso do consumidor. As cifras constam da pesquisa mais recente realizada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) na cidade. O movimento do mercado acompanha a política de preço aplicada pela Petrobras às refinarias.
No dia 26, a estatal anunciou a redução em 1,4%, em média, no valor da gasolina nesta etapa da cadeia. Pelos cálculos da Petrobras, se o ajuste fosse integralmente repassado, sem alterações nas demais parcelas que compõem o preço ao consumidor final, a gasolina poderia ficar R$ 0,02 mais barata, em média. Os juiz-foranos, que pagavam de R$ 3,729 a R$ 4,060 pelo litro do combustível antes da redução, agora encontram o combustível com preços variando entre R$ 3,599 e R$ 4,079.
Em relação ao diesel, a redução anunciada chegou a 5,1%, o que representaria uma economia de R$ 0,08 por litro, em média. Em Juiz de Fora, a redução foi de 3,48%, o equivalente a R$ 1,11. O valor médio que era de R$ 3,190 pelo litro caiu para R$ 3,079. No diesel, a oscilação, que era de R$ 3,090 a R$ 3,320, de acordo com o posto escolhido pelo cliente, passou de R$ 2,949 a R$ 3,195, no mesmo período avaliado.
Concorrência
O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro), entidade que representa os cerca de quatro mil postos de combustíveis do estado, esclarece que, como instituição sindical, não interfere em questões relacionadas a preço praticados pela revenda. Quanto à última redução no custo pela Petrobras em suas refinarias, o Minaspetro ressalta que não sabe precisar se tais baixas foram repassadas pelos postos no restante do estado, “uma vez que o mercado de combustíveis é livre, e os preços não são tabelados”. Conforme a entidade, o que dita o preço é a concorrência, por sua vez, muito acirrada no segmento.
Já a Petrobras, por meio de sua assessoria, afirmou que a decisão é motivada, principalmente, pelo efeito da recente valorização do real, por ajustes na competitividade no mercado interno e pela redução dos preços dos derivados nos mercados internacionais, especialmente do diesel, que apresentou elevação de estoques em função do inverno menos rigoroso que o previsto para o Hemisfério Norte.
A estatal reafirmou que a política de revisão de preços ocorre pelo menos uma vez a cada 30 dias. Conforme a Petrobras, “os novos preços continuam com uma margem positiva em relação à paridade internacional” e estão alinhados com os objetivos do plano de negócios 2017/2021. Mais uma vez, foi destacado que as revisões podem ou não se refletir no preço final ao consumidor, dependendo de fatores, como o comportamento dos outros integrantes da cadeia, especialmente distribuidoras e postos revendedores.