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Evento da Embrapa reúne mais de cem jovens de 16 universidades em JF

vacathon rubens neiva
Cerca de cem jovens de 16 universidades de vários estados do país, incluindo Minas, São Paulo, Rio Grande de Sul, Pernambuco e Goiás, participam da maratona (Foto: Rubens Neiva)
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Começou, nesta terça-feira (6), a segunda edição do Vacathon, evento nacional promovido pela Embrapa Gado do Leite em Juiz de Fora. A iniciativa faz parte do Ideas for Milk – um desafio entre startups também liderado pela Embrapa e voltado para diversos setores produtivos da cadeia do leite – e tem como provocação fazer com que estudantes se aproximem do campo e entendam os problemas, vejam as oportunidades e desenvolvam soluções para o setor.

No total, o Vacathon reúne cerca de cem jovens provenientes de 16 universidades de vários estados, incluindo Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Goiás. São universitários dos cursos de ciências agrárias, computação e engenharias que estarão, entre os dias 6 e 10 de novembro, podendo experimentar a aproximação entre as agtechs – startups do agronegócio – e o ambiente acadêmico. “É um trabalho que faz com que os nossos estudantes tenham mais conhecimento além do que se tem na universidade e pode abrir portas para eles no futuro”, avalia o professor da Universidade Federal de Lavras (UFLA), Márcio Lara.

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De acordo com a assessoria de comunicação da organização, as equipes formadas, em média, por cinco alunos e um professor-embaixador, irão explorar e conhecer as pesquisas da Embrapa para, ao fim da maratona, desenvolver projetos e soluções que respondam aos desafios enfrentados pelos produtores de leite. Durante a etapa de treinamento, chamada de bootcamp, os pesquisadores da Embrapa darão aos participantes informações sobre a produção de leite em fazendas.

“É uma oportunidade para aplicarmos os conhecimentos de tecnologia na área da agricultura e do campo. A tecnologia não é só para a cidade, é uma oportunidade para termos ideias e conhecer o agronegócio e o campo”, destaca o aluno do curso de engenharia elétrica da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Alexandre da Silva Souza. “No mundo analógico, a parceria entre as universidades e a Embrapa fez do Brasil o grande celeiro agrícola do mundo tropical. E no digital temos que continuar com essa ligação, fazendo uso de todo conhecimento já gerado na pesquisa. Para isso, nada melhor do que realizar este tipo de evento”, diz o chefe de transferência de tecnologia da Embrapa Gado de Leite, Bruno Carvalho.

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Estudantes conhecem hoje fazenda de leite em Coronel Pacheco

A primeira fase da programação do evento incluiu visitas técnicas e palestras. Na terça-feira (6), os jovens visitaram a fábrica do Instituto de Laticínios Cândido Tostes. Nesta quarta (7), os estudantes estarão em Coronel Pacheco, a cerca de 30 quilômetros de Juiz de Fora, onde passarão o dia conhecendo a fazenda experimental da Embrapa Gado de Leite. Na quinta, os participantes terão acesso a plataformas de serviços de software e hardware das empresas e entidades parceiras –  Cisco, Microsoft e BovControl.

“Entendemos que o Vacathon é um celeiro de ideias e inovações. De lá, podem sair projetos para modernizar o segmento da cadeia do leite. Entendemos a importância disso e estamos indo em peso para o evento. É uma parceria que desenvolvemos há dois anos e só tem tido sucesso e projetos inovadores”, diz o gerente-executivo da Microsoft, Davi Arruda. A empresa vai oferecer sua plataforma de serviço de nuvem, como máquinas virtuais, plataformas de desenvolvimento, inteligência artificial, banco de dados, Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês) e mapas interativos. Executivos da empresa também vão palestrar para os estudantes.

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Para a professora da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Patrícia da Silva Nascente, que participou no ano passado, a experiência é muito importante para os alunos. “Depois de ver como funciona, começamos a ter ideias sobre as soluções que poderíamos apresentar para melhorar os sistemas de produção.” A professora destaca que é uma oportunidade única de aprendizado. “Tanto a experiência pessoal quanto profissional são importante para os estudantes. A vivência com equipes de outros estados e pessoas de diferentes áreas é um importante envolvimento que muitos nunca tiveram chance de ter.”

Maratona de programação começa na quinta

Depois das visitas técnicas e palestras, a maratona de programação em si começa a partir do dia 8. Os estudantes terão dois dias para desenvolver uma solução tecnológica a partir de um problema relacionado aos sistemas de produção de leite. No sábado, os grupos irão apresentar e defender suas propostas para uma banca avaliadora. Ao final desta etapa, será divulgado o resultado com os cinco primeiros colocados, que receberão troféu e certificado de participação. “Os participantes esperam levar esse título para a casa, para agregar valor aos seus currículos e a outras competições futuras. O conhecimento e o título são importantes principalmente para os que futuramente terão suas próprias startups”, diz a assessora da Embrapa, Carolina Pereira.

No mercado

As propostas são apresentadas ainda em etapa de desenvolvimento. Contudo, para equipes que continuam o trabalho após o evento, para testes e finalizações, a empresa oferece suporte para que projeto possa ser, de fato, lançado no mercado.

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Conheça as equipes:

1. UFJF – Juiz de Fora
2. Granbery – Juiz de Fora
3. IF Sudeste – Juiz de Fora
4. IF Sudeste – Rio Pomba
5. Cefet – Leopoldina
6. UFV – Viçosa
7. IF Sul de Minas – Baependi
8. UFLA – Lavras
9. UFMG – Belo Horizonte
10. PUC Minas – Belo Horizonte
11. PUC Minas – Betim
12. UEG – Goiânia/GO
13. UFPE – Recife/PE
14. UFPel – Pelotas/RS
15. Esalq/USP – Piracicaba/SP
16. IF São Paulo – Piracicaba/SP

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