Perda de vendas. Este foi o resultado prático da falta de luz que afetou boa parte do Centro nesta sexta-feira (6). A interrupção no abastecimento não aconteceu de forma uniforme, mas, em alguns casos, durou mais de quatro horas. A Cemig não informou a causa do problema, nem o número de clientes afetados. Nas ruas, não faltavam exemplos de prejuízo em função do apagão injustificado. Além da perda nas vendas, comerciantes reclamaram da falta de resposta pela companhia de energia.
A queda no fornecimento começou por volta de 11h e foi normalizada pouco depois das 15h. Estabelecimentos dos mais diversos perfis, localizados nas ruas Halfeld, São João, Batista de Oliveira e Marechal Deodoro, além da Avenida Getúlio Vargas e galerias do entorno, tiveram o funcionamento comprometido. Alguns lojistas optaram por fechar as portas, como medida de segurança. Entre os que não suspenderam o atendimento, a perda de vendas também aconteceu em função da impossibilidade de utilizar as máquinas de cartão de crédito.
A proprietária da Derma Farmácia de Manipulação, Viviane Lacerda, afirmou que deixou de entregar cerca de cem encomendas nesta sexta. A farmacêutica explicou que o trabalho de manipulação depende diretamente do uso de energia. Por conta do apagão, que aconteceu das 11h às 15h na loja, não foi possível fazer as entregas marcadas para 4h. A corrida, no meio da tarde, era para conseguir cumprir os pedidos agendados para 18h. Segundo Viviane, não foi possível mensurar o prejuízo, que iria depender da reação dos clientes – se aceitavam ou não fazer a retirada do produto fora do prazo inicialmente previsto.
Na cafeteria Stilo, a interrupção também durou cerca de quatro horas. Durante este período, o estabelecimento optou por manter as portas abertas. A funcionária Lúcia Santos afirmou que, com o desligamento das máquinas de refrigeração, as bebidas ficaram quentes. O que incomodou a funcionária foi a falta de explicação para o ocorrido. A vendedora da Tuckston, Juliana Reis, disse que estava efetuando uma venda de R$ 200 quando houve a queda de energia. A cliente havia optado pelo cartão de crédito e não foi possível completar a operação. Por questão de segurança, ela preferiu fechar as portas. O prejuízo foi estimado entre R$ 600 e R$ 700.
Na Tuckston, o problema no abastecimento começou por volta das 11h30 e perdurou até as 14h. Segundo a vendedora, houve uma breve retomada, mas a luz voltou a faltar novamente. O fornecimento só foi regularizado por volta das 15h. “Os clientes batiam na porta, querendo saber o que havia acontecido.” Na OffRio, a interrupção foi menor, durou cerca de uma hora, mas também representou perda de faturamento. “Não podíamos usar o cartão de crédito”, reclamou a vendedora Simone Dias.
A Cemig, por meio de sua assessoria, informou que, por volta das 14h, alguns estabelecimentos tiveram o fornecimento restabelecido. A normalização, no entanto, aconteceu às 15h10. A concessionária de energia não soube informar o número de clientes afetados e nem a causa do problema.