
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e o Comando Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) voltaram a se reunir nesta quarta-feira (5), dia em que a greve dos bancários completou um mês. A rodada de negociação começou no início da noite e as propostas apresentadas serão analisadas em assembleia, que será realizada no sindicato da categoria, nesta quinta-feira (6). De acordo com a assessoria dos trabalhadores, agências privadas abrirão ao público nesta quinta. Caixa Econômica e Banco do Brasil, no entanto, ainda seguem com os atendimentos paralisados. A decisão sobre o fim do movimento grevista só deve ser tomada após o encontro desta quinta. O Comando Nacional estaria orientando pela aprovação dos reajustes.
Ontem, 53 agências bancárias tiveram as atividades interrompidas na Zona da Mata, sendo 33 só em Juiz de Fora. O período de paralisação já se igualou à mobilização mais longa da categoria, ocorrida em 2004.
Na rodada de negociações realizada ontem, a Fenaban apresentou nova proposta com reajuste de 8%, abono de R$ 3.500, aumento de 15% no vale-alimentação e 10% para vale-refeição e auxílio creche-babá, licença paternidade de 20 dias. Para 2017, o reajuste será o percentual do INPC e mais 1% de aumento real nos salários e em todas as verbas. Os dias parados deverão ser repostos. Ainda foram feitas duas reuniões específicas para discutir questões da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil. A proposta será avaliada pela categoria.
Os trabalhadores reivindicam reajuste de 14,78%, sendo 5% de aumento real; PLR de três salários acrescidos de R$ 8.317,90; piso no valor do salário-mínimo do Dieese (R$ 3.940,24), e vales alimentação, refeição, e auxílio-creche no valor do salário-mínimo nacional (R$ 880). Também é pedido décimo-quarto salário, fim das metas abusivas e do assédio moral. As propostas apresentadas estão disponíveis na íntegra no portal do sindicato www.bancariosjf.com.br