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Petrobras autoriza reajuste de 12,2% no gás de cozinha

gas de cozinha MARCELO RIBEIRO
Aumento já vale a partir desta quarta-feira (Foto: Marcelo Ribeiro)
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Depois da escalada da gasolina, chegou a vez de a Petrobras autorizar o reajuste médio de 12,2% no gás liquefeito de petróleo (GLP) para uso residencial de até 13 kg. O aumento vale a partir desta quarta-feira (6). O preço médio do gás de cozinha praticado em agosto foi de R$ 63,61 em Juiz de Fora. O valor já é 13,8% maior do que o verificado no mesmo mês de 2016, quando o botijão custava, em média, R$ 55,88 na cidade. O ajuste anunciado foi aplicado sobre os preços praticados sem incidência de tributos. Em caso de repasse integral ao consumidor, a estatal estima que o preço do botijão pode ser reajustado, em média, em 4,2%, mantidas as margens de distribuição e revenda e as alíquotas de tributo. Nessas condições, o valor do produto pode passar de R$ 66 nas revendas locais. Um alerta, no entanto, é que a correção aplicada neste momento não repassa integralmente a variação de preços do mercado internacional. Uma nova avaliação será feita no dia 21 de setembro, quando novos aumentos podem ser anunciados. O último reajuste do GLP residencial aconteceu há exatamente um mês, no dia 5 de agosto, e ficou no patamar de 6,9%, em média.

Pelas contas do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), o reajuste para o botijão ficará entre 11,3% e 13,2%. Como o aumento não repassa de forma integral a variação de preços do mercado internacional, a entidade calcula que o preço do produto destinado a embalagens de até 13 quilos ficará 16,56% abaixo da paridade de importação. Segundo o Sindigás, isso inibe investimentos privados em infraestrutura no setor de abastecimento.

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Também nesta quarta-feira, a Petrobras comunicou a decisão de reajustar os preços de comercialização às distribuidoras do GLP destinado ao uso industrial e comercial no percentual médio de 2,5%. O Sindigás estima, no caso do gás industrial, impacto de 2,4% e 2,6% para embalagens acima de 13 quilos. O sindicato externou preocupação com o reajuste para o gás industrial porque “afasta ainda mais o preço interno dos valores praticados no mercado internacional, impactando justamente setores que precisam reduzir custos”. A avaliação da entidade é que o valor do produto, nesse caso, ficará 39,94% acima da paridade de importação.

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Para a estatal, estoques muito baixos e eventos extraordinários, como os impactos do furacão Harvey na maior região exportadora mundial de gás liquefeito de petróleo, têm tido influência significativa no comportamento dos preços do GLP no mercado internacional. Por isso, o Grupo Executivo de Mercado e Preços (Gemp) avaliou que este cenário deve ser considerado nos ajustes de preços do produto para uso residencial.

Por meio de nota, a Petrobras acrescentou que a região de Houston (Texas) é a maior exportadora mundial de GLP, atendendo mercados importadores como Europa e Extremo Oriente. O posicionamento é que, com a chegada do furacão Harvey, na semana passada, tanto a produção quanto os terminais do Golfo americano foram impactados e permanecem fora de operação. “A menor disponibilidade de GLP provocou aumento de preço nos mercados consumidores, incluindo o Brasil.” Para a estatal, os custos já estavam sendo afetados por estoques em níveis próximos do mínimo, observados nos últimos cinco anos nos Estados Unidos.

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