A partir desta terça-feira (6), em pleno quinto dia útil do mês, os bancários de Juiz de Fora entram em greve por tempo indeterminado. A decisão unânime foi formalizada na noite de sexta-feira (2). O intervalo, explica o Sindicato dos Bancários, foi necessário para atender os prazos legais da lei de greve. A última greve aconteceu em outubro do ano passado e se estendeu por 21 dias. A representação regional da entidade concentra 1.800 bancários, sendo cerca de 1.400 em Juiz de Fora.
Os trabalhadores rejeitaram a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que consiste em reajuste de 6,5% sobre salários e benefícios, mais R$ 3 mil de abono. Em contrapartida, a pauta unificada inclui reajuste de 14,57%, sendo 5% de aumento real e 9,57% de correção inflacionária, participação nos lucros e resultados (PLR) de três salários mais R$ 8.317,90 e piso salarial de R$ 3.940,24 – salário mínimo calculado pelo Dieese. A pauta foi apresentada no dia 9 de agosto, e a data-base da categoria venceu no dia 1º.
Segundo o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito, Lourenço Prado, o movimento segue por prazo indeterminado e não tem objetivo de prejudicar a população. “A greve é nacional e com prazo indeterminado, porém os caixas vão continuar funcionando e os correspondentes bancários também. A população não será afetada, os clientes especiais poderão ser atendidos conforme acordo com o sindicato. Não queremos trazer prejuízo à população, só vamos reivindicar nossos direitos. “