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Serrinha terá nova concessão com foco em voos executivos

MARCELO RIBEIRO aeroporto1
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O Aeroporto Francisco Álvares de Assis, mais conhecido como Aeroporto da Serrinha, terá sua vocação alterada oficialmente a partir de segunda-feira (7). Com a mudança, que coincide com o término do contrato de concessão da Sinart, em vigor desde 2006, a Prefeitura terá como foco o desenvolvimento do aeroporto para voos executivos. Até então, todos os esforços tinham como norte o intuito de manter a unidade para a aviação comercial, com voos regulares. No entanto, o modelo perdeu a atração após a preferência das empresas aéreas pelo Aeroporto Presidente Itamar Franco, o Aeroporto Regional, em razão, principalmente, dos incentivos fiscais do Governo de Minas. Enquanto um novo modelo de negócio e concessão estiver sendo elaborado, a Prefeitura vai assumir a administração do espaço, até contratar uma empresa prestadora de serviços para esta finalidade. A informação foi antecipada na tarde desta sexta-feira (4), com exclusividade para a Tribuna, pelos secretários de Transporte e Trânsito, Rodrigo Tortoriello, e Desenvolvimento Econômico, João Matos.

 

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Foto: Marcelo Ribeiro

 

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Os estudos para encontrar um modelo de negócios para o Aeroporto da Serrinha, que tenha como prioridade os voos executivos e o desenvolvimento econômico da cidade, já começaram a ser elaborados pela Prefeitura, mas ainda não estão totalmente definidos. Por este motivo, optou-se por contratar uma empresa prestadora de serviço para administrar o aeródromo até que uma nova concessão seja apresentada. A firma será escolhida por meio de processo licitatório, cujo aviso do início do trâmite deverá constar no Atos do Governo deste sábado (5). Segundo Tortoriello, o edital vai se tornar público nos próximos dias. Ele adiantou que a contratação terá como prazo inicial 12 meses, podendo ser prorrogado por igual período até o tempo máximo de 60 meses. No entanto, a previsão é apresentar o novo modelo de concessão ainda durante o primeiro ano.

Desenvolvimento econômico de JF

Segundo João Matos, assumir o Aeroporto da Serrinha como vocação para voos executivos tem o objetivo de fomentar o desenvolvimento econômico de Juiz de Fora. Na sua avaliação, todo o conjunto estrutural e de serviços presentes na cidade são usados na atração de grandes empresas e indústrias, e o aeroporto é uma destas ferramentas. “Tudo aquilo que você tiver, é mais. Tudo aquilo que não tiver, é menos. E Juiz de Fora tem uma grande e importante rede hospitalar e de ensino, serviços estruturais e mobilidade em bom funcionamento. O aeroporto é mais um diferencial ao buscar novas empresas e gerar emprego e renda.”

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Para Tortoriello, deixar de ter o Serrinha com foco nos voos comerciais não exime a possibilidade de isso voltar a ocorrer, caso haja o interesse das empresas aéreas. Mas segundo ele, se faz necessário assumir o verdadeiro papel do aeroporto e identificar o potencial do espaço. “Não dá para o nosso aeroporto ficar brigando com o Regional. Cada um deve assumir o seu papel e a sua participação no desenvolvimento da cidade e da região. Muitos aeroportos pelo Brasil passaram por concessão para a iniciativa privada a partir da identificação de um modelo. O Santos Dumont (Rio de Janeiro), por exemplo, se transformou em um grande centro de serviços, como um shopping. O nosso não tem vocação para shopping, mas pode ser um excelente prestador na área portuária. Como? Nossos estudos vão dizer”, disse, adiantando como possibilidade a atração de empresas de táxi aéreo e de serviços afins, como manutenção e armazenamento de aeronaves, por meio de incentivos fiscais.

Há 11 anos

A Sinart, a mesma empresa que explora o Terminal Rodoviária Miguel Mansur, venceu a licitação pública para o Aeroporto da Serrinha há 11 anos. Na época, ainda havia a ambição do município de atrair voos comerciais regulares, o que acabou acontecendo em alguns momentos, mas sempre com a desistência das empresas aéreas, por motivos diversos.

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Atualmente, embarcam e desembarcam aeronaves no local aeronaves particulares e passageiros por meio de táxi aéreo e do Projeto de Integração Regional de Minas Gerais (Pirma), da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), que oferece viagens para diversos pequenos aeroportos do estado, quando a demanda existe. Por outro lado, segundo João Matos, na cidade já decola e pousa mais de um voo executivo por dia, o que prova a demanda e a vocação do aeroporto.

 

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