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Impasse entre metalúrgicos e Mercedes

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Os trabalhadores da Mercedes-Benz em Juiz de Fora seguem em estado de greve. Foi agendada para esta sexta-feira mais uma rodada de negociação, além da já realizada ontem, que durou mais de seis horas. Na pauta de reivindicações estão definição do valor da participação nos lucros e resultados (PLR) e renovação da garantia de emprego para os cerca de 750 trabalhadores locais. A montadora, por meio de sua assessoria, reafirmou que não se posiciona sobre os temas em negociação. O prazo para pagamento da primeira parcela da PLR é 20 de agosto, e o acordo de manutenção do nível de emprego venceu no dia 30 de junho.

Também ontem a Mercedes confirmou, por nota, a intenção de realizar cortes na fábrica de São Bernardo do Campo, localizada em São Paulo. Atualmente existem 1.400 trabalhadores em licença remunerada desde fevereiro. “Diante de um cenário que tem se agravado cada vez mais, não temos outra alternativa a não ser a redução do quadro de pessoal dessa fábrica.” Por meio de sua assessoria, a montadora garantiu que a medida não se aplica à unidade local.

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A empresa alegou, ainda, que, nos últimos quatro anos, o desempenho do mercado de veículos comerciais “tem sido muito difícil”. “A Mercedes-Benz tem sofrido os efeitos dessa drástica queda causada pela crise política e econômica do país.” A informação é que, desde 2014, têm sido adotadas medidas de flexibilidade e gestão de mão de obra para gerenciar o excedente calculado em mais de 2.500 na fábrica paulista. A estabilidade de um ano, oriunda do Programa de Proteção ao Emprego (PPE) em São Bernardo do Campo, vence no dia 31 deste mês.

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Em Juiz de Fora, na semana passada, em assembleia realizada na porta da fábrica, a categoria decidiu entrar em estado de greve. O sindicato tem tentado evitar o trabalho aos sábados, a realização de jornada estendida e o cumprimento de hora extra enquanto não houver acordo entre as partes.

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