Ícone do site Tribuna de Minas

Comércio de Juiz de Fora ainda contabiliza prejuízos por conta da greve

greve olavo
PUBLICIDADE

Menos de uma semana após o fim da greve dos caminhoneiros, o comércio local ainda contabiliza os prejuízos causados pelo baixo movimento e pela escassez de produtos para venda. O Sindicato do Comércio de Juiz de Fora (Sindicomércio-JF) e a Câmara de Dirigentes Lojistas de Juiz de Fora (CDL-JF) não estimaram os danos, mas afirmam que as perdas em vendas são irreparáveis, e que junho ainda será um mês de reflexos. No caso da CDL, o presidente Marcos Casarin disse que o Dia dos Namorados será um alívio, enquanto que o presidente do Sindicomércio-JF, Emerson Beloti, prevê que novas contratações poderão ser adiadas.

No caso da CDL-JF, Casarin explicou que, em todo o país, a projeção é de perdas na ordem de R$ 27 bilhões para o comércio. “Em Juiz de Fora, o que mais afetou não foi a crise de falta de produtos, mas de logística, e isso se resolve em uma semana. Porém, venda perdida não se recupera, mas temos que agir. O comércio deve estar preparado, sempre, para uma situação adversa”, afirmou, apostando no Dia dos Namorados para aliviar as contas. “É uma das melhores datas, temos a chance de colocar a vida em ordem.”

PUBLICIDADE

Para Beloti, as áreas mais afetadas foram a de gêneros alimentícios e da construção civil, que dependem da logística. Mas de um modo geral, segundo ele, nos dez dias de greve, as lojas funcionaram com cerca de um terço do normal. “Sem contar o feriado, o que já aconteceu e aquele que está por vir. Todos estes problemas atrapalham, e as contas não param de chegar. Para se ter ideia, 75% dos pontos comerciais hoje são aluguel, e isso complica.

PUBLICIDADE

Perguntado se o setor terá dificuldades para pagamento de salários em junho, Beloti diz esperar que não. “Representamos um grupo muito heterogêneo. Os impactos todos sofreram, mas com proporções distintas. Já estávamos em um período de dificuldades, com os empresários com pouca reserva financeira para segurar estes imprevistos.” De um modo geral, o presidente do Sindicomércio-JF disse que junho ainda será um mês difícil, de trabalho para reduzir os prejuízos. “E além de tudo isso, 2018 ainda tem eleições e Copa do Mundo, o que nos afeta diretamente.”

Sair da versão mobile