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Comércio traz novo fôlego para a cidade

spazio design esta em obras desde abril

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Mesmo com todo o esforço pela diversificação da base econômica juiz-forana nos últimos anos, os setores de comércio e serviço, que representam aproximadamente 75% do PIB local, continuam como força motriz da cidade. Dias após a inauguração do Shopping Jardim Norte, que demandou R$ 120 milhões em investimentos, o Alameda Shopping programa, para 2017, o lançamento da primeira fase de expansão, cuja meta é aumentar em mais da metade a sua área bruta locável (ABL). O Spazio Design, por sua vez, trabalha na ampliação de 45% do número de lojas. Em ambos os casos, os investimentos não foram divulgados, mas há a promessa de atração de duas megastores, uma para cada negócio. Existe ainda a promessa de expansão do Independência Shopping. Ontem, o Grupo Bahamas também apresentou projetos de expansão.

Segundo o superintendente do Alameda Shopping, Ted Marques, a inauguração da primeira fase da expansão está programada para 2018. O projeto prevê oferta de mais 40 lojas – hoje são 62 -, além da ampliação do estacionamento e da chegada de uma âncora, com operação inédita na cidade. O contrato já teria sido assinado, e o nome é mantido sob sigilo. A ABL, hoje de 9.500 metros quadrados (m2), deve aumentar para 16 mil m2. Conforme o superintendente, a espera pela reação da economia influencia, mas não tem sido o fator preponderante para a concretização do projeto. “Estamos aguardando o momento ideal.” Marques cita a inauguração do Jardim Norte e a necessidade de manter o posicionamento do Alameda como shopping de vizinhança, unindo conveniência e serviços. “Já é uma vocação nossa, e queremos reforçar essa leitura.” A expansão, diz, é uma forma de consolidar e fortalecer a marca no mercado.

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No pacote de investimentos do setor, consta a expansão do Spazio Design. O projeto, idealizado no final do ano passado, prevê a reestruturação do espaço interno, com ampliação da ABL dos atuais 5.800 metros quadrados (m2) para algo em torno de dez mil m2. O número de lojas sobe das atuais 22 para 32. Está prevista, ainda, a disponibilização de auditório e espaço “office”, reunindo escritórios e salas comerciais. As obras propriamente ditas tiverem início no final de abril, e a perspectiva é de reinauguração no primeiro semestre de 2017. Além da confirmação da vocação para os setores de móveis, decoração e design, o empreendimento será rebatizado para Spazio Shopping Design.

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Já a expansão do Independência Shopping continua sem data para começar. O início das obras estava previsto para janeiro de 2015, com inauguração programada para o segundo trimestre deste ano. Procurada, a BRMalls afirmou que “o cronograma do projeto passa por uma readequação. Todos os estudos para o desenvolvimento da expansão estão sendo realizados internamente por sua empresa administradora”. No final do ano passado, chegou a ser divulgada a perspectiva de inauguração em 2018. As metas, com a expansão, consistiam em aumentar em até 50% as vendas e elevar em 40% o fluxo de pessoas.

A própria inauguração do Jardim Norte, ocorrida no dia 12 de julho, também sofreu alterações no cronograma. A previsão inicial era segundo semestre de 2015. Na época do primeiro adiamento – maio de 2015 -, a justificativa foi a necessidade de entregar o espaço completo, além de permitir ao lojista mais tempo para concluir as obras. A perspectiva de inauguração passou para março de 2016, depois 30 de junho. O início do funcionamento aconteceu, de fato, no início do mês passado.

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A Riachuelo, uma das cinco âncoras do empreendimento (que ainda não abriu as portas ao público) também é esperada no Calçadão da Rua Halfeld. Apesar de a rede, oficialmente, não confirmar a informação, as especulações sobre a chegada da unidade na esquina com a Rua Batista de Oliveira ganham força. Isto porque a equipe que trabalha na obra seria a mesma que atua na estruturação de outras lojas da rede país afora. A inauguração estaria prevista para acontecer em novembro.

Concorrência ajuda a impulsionar negócios

Para o economista André Luiz Zuchi, após dois anos de crise profunda, caminha-se agora para a reversão de expectativas em relação à economia, em todos os setores, inclusive no comércio e serviços. Zuchi cita a melhora de alguns indicadores e o fato de o mercado financeiro estimar um “encolhimento” menor no nível de atividade este ano. O Banco Central projetou redução na previsão de queda do PIB deste ano, de 3,30% para 3,25%. Em 2015, a retração foi de 3,8%, a maior em 25 anos. Para 2017, economistas de instituições financeiras elevaram previsão de alta de 1% para 1,1% no PIB, informou a autoridade monetária.

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Mediante a sinalização de um cenário mais positivo, avalia Zuchi, alguns empresários se antecipam, começando a se posicionar no mercado, retirando projetos da gaveta e voltando a investir. “Provavelmente, a partir do próximo ano, quem tiver decidido retomar os investimentos deve colher frutos mais rapidamente.” O economista identifica, ainda, os níveis baixos de estoques, que pressionam a retomada da produção. “Em Juiz de Fora, é possível ver “players” importantes se posicionando, atuando no sentido de melhor qualificar as suas instalações comerciais. É um bom sinal de que o quadro começa a melhorar.” Já a recente inauguração do Jardim Norte, observa o economista, até por uma questão de sobrevivência, deve levar à movimentação da concorrência, o que é considerado altamente positivo para qualificar o comércio, beneficiando os consumidores e a cidade como um todo.

 

Paraquedas

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O presidente do Sindicato do Comércio (Sindicomércio), Emerson Beloti, também acredita que, apesar de os setores de comércio e serviços terem se tornado menos competitivos em função do momento econômico, há a expectativa de mudança do quadro. “Estávamos numa queda livre e, de repente, acionamos o paraquedas. Continuamos caindo, mas em menor velocidade.” A retomada do crescimento é dada como certa, mesmo que lenta. Na avaliação do presidente, serão necessários de três a quatro anos para restabelecer o crescimento dos setores em Juiz de Fora, a exemplo do restante do país.

Este ano, o comércio foi recordista no fechamento de postos de trabalho no primeiro semestre, com perda de 1.036 vagas, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego. Nem mesmo as datas comemorativas conseguiram alavancar as vendas. O Dia das Mães, considerado o melhor momento do primeiro semestre no calendário comercial, apresentou crescimento de apenas 2% em comparação com 2015, que já foi considerado um dos piores anos. Já o Dia dos Namorados, segunda melhor data, não registrou crescimento.

Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Geração de Emprego e Renda, João Matos, a economia juiz-forana configura “uma boa amostra da economia nacional”. Uma preocupação, afirma, é tornar a economia local cada vez menos dependente do contexto doméstico. Nesse sentido, o Município não só identifica a movimentação do empresariado, como participa diretamente da implantação dos empreendimentos com apoio institucional. “Seja com a criação de políticas de incentivos fiscais, seja no desenvolvimento de soluções urbanísticas, a Prefeitura procura sempre fortalecer os segmentos de comércio e serviços da cidade por entender que, desta forma, eleva sua competitividade em atração de novos empreendimentos.”

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Nova unidade São Vicente, agora com mais 800 metros, foi apresentada ontem (Foto: Olavo Prazeres)

Bahamas entrega Pátio São Vicente em setembro

O Grupo Bahamas fez ontem a apresentação oficial da nova loja São Vicente, cuja primeira etapa de expansão foi inaugurada em novembro. Agora, o espaço foi acrescido com 800 metros quadrados (m2). Durante a solenidade, também foi apresentado o andamento das obras do Pátio São Vicente, que vai reunir 30 lojas nos setores de serviços, alimentação e vestuário. A perspectiva é que o espaço seja entregue aos lojistas em setembro.

O complexo, fruto de R$ 25 milhões em investimentos, está localizado na Avenida Rio Branco, mesmo endereço onde o supermercado funciona há 21 anos. Com a ampliação e a reforma da loja, a área de vendas passou de 1.986 para 3.060 m2, com possibilidade de chegar a 3.700 m2. O número de check-outs subiu de 26 para 34. O estacionamento tem agora 315 vagas, sendo 280 cobertas. Com a expansão, foram criados 60 postos de trabalho diretos. O local já contava com 320 funcionários.

Segundo o diretor comercial do Grupo Bahamas Jovino Campos, o São Vicente é o maior supermercado da rede, em termos de área física e faturamento. Com o investimento, a expectativa é que a demanda média de 328 mil clientes/mês cresça entre 20% e 30%. Conforme Jovino, a comercialização das lojas do Pátio São Vicente será iniciada agora, já que a intenção era apresentar a obra um pouco mais adiantada. A expectativa é que o espaço comporte um restaurante.

Presente ao evento, o prefeito Bruno Siqueira (PMDB) considerou o investimento, com geração de empregos, importante para a valorização da cidade. Durante a solenidade, Jovino também anunciou a intenção de construir duas unidades do Bahamas Mix nos bairros São Pedro – cujas obras devem ter início ainda este ano – e Grama. A loja já em funcionamento na Cidade Alta será revitalizada, comportando, também, um centro comercial.

Na busca por uma nova identidade visual, a intenção é, também em 2016, reformar as fachadas de diversas lojas, como as localizadas em Manoel Honório, Santa Luzia e Teixeiras. Há ainda negociações avançadas para implementação de novas unidade em Uberlândia e Uberaba. A expectativa do empresário é, este ano, crescer 25% ante 2015, atingindo a meta fixada para o ano passado, que era ultrapassar a marca de R$ 2 bilhões.

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