Até o final do ano, Juiz de Fora deve contar com o Plano Municipal de Turismo pronto para ser validado em audiência pública. Essa foi a perspectiva apresentada pela presidente do Conselho Municipal de Turismo, Tatyana Hauck, durante o 1º Fórum de Gestão de Turismo e Eventos de Juiz de Fora e Região realizado nesta quarta-feira (3). Com o tema “Redes e Planejamento”, o encontro teve como objetivo sensibilizar empresários, estudantes e gestores de organizações governamentais e não governamentais do segmento de turismo e eventos sobre a importância do trabalho colaborativo.
Conforme Tatyana, será realizado, em agosto, um fórum, cujo objetivo é promover um debate público sobre o plano, visando a traçar ações. “Nada mais importante do que trabalhar de forma estratégica para que tenhamos, para frente, um setor forte e planejado.” Segundo ela, nesse primeiro momento, foi feito um diagnóstico, um levantamento do cenário atual para que sejam propostas linhas de atuação. “Esse importante trabalho é feito em rede. Se cada um fizer a sua parte, o setor público e o setor privado, a cidade avança.”
Presente na abertura do evento, o presidente do Brasil Convention & Vistors Bureau, Márcio Santiago, avalia que a cidade tem condições de se tornar um expoente no turismo nacional na área de negócios. No próximo ano, Juiz de Fora sedia a 12ª edição do Congresso Brasileiro de C&VB. Segundo Santiago, é a primeira vez que o evento acontece fora das capitais. Sobre o fórum realizado nesta quarta, ele destaca a importância da difusão de informação e do debate acerca das necessidades do setor. Por conta da agenda positiva, avalia, o turismo é considerado um “fortíssimo gerador de emprego”, fundamental para o desenvolvimento municipal.
Para fomentar o setor, Santiago destaca a necessidade de conexão entre Poder Público e iniciativa privada. “A Prefeitura precisa fazer políticas públicas que sejam perenes. Por outro lado, os empresários também têm de fazer o dever de casa, participando do processo e não deixando tudo nas costas do Poder Público, e o Poder Público não pode deixar tudo nas costas do empresário.”
A coordenadora do Juiz de Fora Convention & Visitors Bureau, Thais Lima, explica que o evento é um convite para o congresso nacional, demonstrando a força do setor. “O turismo de eventos de Juiz de Fora tem que ser valorizado e desenvolvido. A nossa proposta, nesse evento, é mostrar que isso vai acontecer através do trabalho colaborativo entre setor, empresários, estudantes, organizações governamentais e não governamentais.”
Faltam indicadores
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Agropecuária, Rômulo Veiga, avalia que Juiz de Fora tem equipamento público que favorece o turismo e outros patrimônios que poderiam ser explorados para o setor, principalmente cultural e histórico, que estão subaproveitados. Na sua opinião, a cidade carece de indicadores e precisa entender que turismo é meio e não fim. “O que a gente precisa, agora, é entender quais são os indicadores base, se olhar no espelho e ver como estamos e o que conseguimos efetivar que vai gerar resultados imediatos. Mas é preciso entender, também, que há todo um acervo que poderia gerar resultados futuros, que ainda não está sendo trabalhado porque não foi percebido para isso.” Na sua opinião, o potencial de Juiz de Fora não se restringe ao turismo de negócios e vai além, abrangendo os segmentos cultural, histórico e de lazer. “A gente sabe que não vai gerar resultado de curto prazo, mas, se nunca for trabalhado, nunca vai gerar resultado.”