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M.Dias Branco compra Piraquê e não fala sobre investimento em Juiz de Fora

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Em uma operação avaliada em R$ 1,550 bilhão, a M. Dias Branco anunciou, na segunda-feira (29), que fechou acordo para a aquisição da Indústria de Produtos Alimentícios Piraquê. A empresa afirmou, em fato relevante destinado ao mercado, que a operação reflete a estratégia comercial de acelerar o crescimento nas regiões Sul e Sudeste, bem como a intenção de incluir no seu portfólio produtos de alto valor agregado. A Piraquê fabrica massas, biscoitos, salgadinhos e refrescos. No período de outubro de 2016 a setembro de 2017, registrou receita líquida de R$ 717 milhões. A conclusão do negócio está sujeita a condições, como a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Durante o período de análise da transação, as companhias continuarão operando de forma independente.

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Procurada no início da semana, a M.Dias Branco não se posicionou se, apesar da operação milionária, mantém os planos de investir R$ 350 milhões na cidade, no projeto que prevê uma fábrica de biscoitos, massas e farinha de trigo, um moinho de trigo e um centro de distribuição, com possibilidade de expansões futuras. A assinatura de protocolo de intenções com o município aconteceu em março de 2015. Em dezembro de 2014, a empresa lançou comunicado ao mercado anunciando o protocolo firmado com o Estado. O negócio prevê a criação de 800 a mil empregos diretos.

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Conforme a Tribuna noticiou em novembro do ano passado, há quem diga que a demora na concretização do acesso entre a via pública e o terreno localizado na BR-040 (adquirido pela empresa) poderia fazer a M. Dias Branco rever o investimento milionário previsto para Juiz de Fora. Líder nacional na fabricação e venda de biscoitos e massas, a proprietária das marcas Adria, Estrela e Isabela pretendia iniciar a construção do parque fabril na cidade ainda em 2017, mas continua aguardando a obra, que seria de responsabilidade do Poder Público. Nem a Prefeitura, nem a empresa confirmaram a informação que corre nos bastidores, talvez como forma de acelerar o trâmite do projeto viário, considerado imprescindível para o início dos trabalhos propriamente ditos.

Em entrevista concedida à Tribuna em agosto, o vice-presidente de Investimentos e Controladoria do grupo, Geraldo Luciano Mattos Júnior, afirmou que a Prefeitura se comprometeu a fazer o acesso e, tão logo existisse a sua disponibilização, a empresa daria início às obras. Novamente procurada nesta terça, a empresa não se posicionou sobre esse assunto. A M. Dias Branco trabalhava com a expectativa de conclusão da unidade em 2019 e início das operações no começo de 2020. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo (Sedettur), por meio de nota, afirmou que “todas as etapas previstas no protocolo de intenções para a implantação da M.Dias Branco em Juiz de Fora estão sendo cumpridas”.

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Projeto para construção da estrada está em análise no DEER

O acesso a ser construído fará a ligação da BR-040 até o Porto Seco, em Dias Tavares. A primeira etapa, orçada em R$ 7 milhões, está prevista até a entrada de onde será instalada a indústria. Os recursos seriam da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig). Em posicionamentos anteriores, a Prefeitura afirmou que, em reunião realizada em junho do ano passado, o governador Fernando Pimentel (PT) autorizou o Estado a viabilizar a obra. Os projetos para realização do processo licitatório já teriam sido encaminhados à companhia.

Também em ocasiões anteriores, a Codemig afirmou que encaminhou a documentação à Secretaria de Estado de Transportes e Obras públicas (Setop) em agosto daquele ano. A documentação consiste nos projetos viários entregues pela Prefeitura, com vistas à elaboração de convênio. Procurada nesta terça, a Codemig afirmou, por meio de sua assessoria, que “os projetos com vistas à elaboração de convênio para viabilizar a construção da estrada de acesso ao local onde será instalada a unidade da M. Dias Branco encontram-se em apreciação no Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DEER/MG), não havendo, no momento, definição de prazo para a concretização da iniciativa”.

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