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Ação contra ‘gatos’ na energia

Funcionário da Cemig registra equipamentos irregulares encontrados em imóveis no Centro  ( Divulgação)
Funcionário da Cemig registra equipamentos irregulares encontrados em imóveis no Centro
( Divulgação)
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Equipes da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) concentraram esforços, na última semana, para coibir ligações clandestinas na rede da região central da cidade. O objetivo da ação foi chamar a atenção para os riscos sobre a prática ilícita. Do total de 800 cortes programados para acontecer até a quinta-feira (27), foram executados 545. Além disso, a Cemig fez 20 inspeções, que são visitas a clientes para verificar a ligação de energia. Em caso de irregularidades, eles retiram o registro para averiguação. Os cortes feitos nesta ação representaram um prejuízo de R$ 607.675, e as inspeções, de R$ 10.120. O mais importante, segundo a Cemig, é alertar para o prejuízo na segurança, que vai muito além do financeiro.

“Leigos, pensando que vão obter vantagem, se expõem a um perigo muito grande. Eles lidam com a rede elétrica sem o conhecimento técnico necessário, o que pode provocar acidentes graves. Ninguém ganha nada agindo dessa forma “, disse o técnico do sistema elétrico da Cemig, Samuel Tanuri. Ele esclareceu que intervenções não acompanhadas pela equipe geram oscilações na distribuição, diminuindo a qualidade da energia entregue pela companhia. Além disso, as instalações ilegais podem causar sobrecarga no sistema. “Há, por exemplo, a possibilidade de aquecimento da fiação, a um ponto que ela pode arrebentar e causar um problema muito grande”, alertou.

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A ação de verificação das estruturas irregulares faz parte da rotina dos profissionais. O serviço de inteligência da Cemig se dedica a identificar as intervenções irregulares. Nesse sentido, a intensificação das atividades teve como foco constatar o problema em grandes clientes. “É importante saber que esse tipo de ligação não é feita apenas em localidades periféricas. Se trata de uma situação bem abrangente, não está em um ponto específico. Consideramos o resultado da região central muito significativo”, avalia o técnico do sistema elétrico. Samuel Tanuri ainda comenta que a maioria dos processos de regularização é feito no momento da inspeção. O medidor adulterado é removido e encaminhado para a perícia. Depois de verificado, a situação do usuário é revista por meio de correspondências enviadas pela companhia.

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Em termos financeiros, a Cemig tem um prejuízo da ordem de R$ 30 milhões por mês em todo estado, causado por ligações clandestinas na rede de distribuição de energia. Esse déficit acaba afetando o contribuinte, já que a perda é dividida por toda a população, gerando um aumento na tarifa, que costuma chegar a 5%. O técnico relembra aos usuários que as consequências para quem é pego podem chegar a prisão em flagrante e pagamento de multa.

 

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