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Reajuste de combustível não é considerado abusivo

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Depois de uma corrida aos postos de gasolina na última semana, quando o juiz-forano viu o combustível se tornar escasso e os preços dispararem repentinamente, a situação começa a dar os primeiros sinais de normalização. Desde quarta-feira (30), os estabelecimentos foram reabastecidos com gasolina, etanol e diesel trazidos de comboios vindos do Rio de Janeiro e viabilizados pela Prefeitura (PJF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro). Embora elevados, os preços cobrados ao consumidor final estão dentro do padrão, segundo análise da Agência Nacional de Proteção e Defesa do Consumidor de Juiz de Fora (Procon-JF). O órgão também assegura que não há casos de adulteração de combustível na cidade.

O litro da gasolina chegou a Juiz de Fora com o preço de R$ 4,99, o mesmo praticado desde o início da paralisação dos caminhoneiros, o que corresponde ao aumento de 11% em comparação ao valor médio de R$ 4,49 que era cobrado antes da mobilização. Já o etanol veio com o preço de R$ 3,29, também o mesmo valor da semana passada, sendo um acréscimo de 13% em relação ao valor médio de R$ 2,91 praticado anteriormente.

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Na avaliação do superintendente do Procon-JF, Eduardo Schröder, os preços são elevados, mas não abusivos. “Há uma confusão entre estes termos. A abusividade é quando o preço se coloca acima do mercado. O valor atual é mais caro do que o que era cobrado antes da paralisação porque o frete encareceu, e o preço de custo também. Hoje, os estabelecimentos adquirem a gasolina por R$ 4,29. O lucro de R$ 0,70 por litro não é considerado abusivo. Mas é fato que a gasolina está cara.”

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Citando o levantamento de preços feito pelos Procons em vários municípios mineiros, Schröder destaca que o custo da gasolina varia entre R$ 4,69 e R$ 5,09 no estado. “Os postos de Juiz de Fora estão cobrando R$ 4,99. Há um alinhamento de preços, pois é preciso recuperar as perdas. As vendas não ocorreram, mas a folha de pagamento está aí. Mais para frente, poderemos ver uma variação entre os postos.” É neste momento que ele alerta o consumidor. “Se a gasolina chegar a R$ 5,50, R$ 6, por exemplo, estamos diante de uma cobrança abusiva.”

No entanto, ele acredita que a tendência é que os preços reduzam mediante o reabastecimento de combustível, o que já começou a ocorrer nesta sexta-feira (1º), quando alguns locais passaram a cobrar R$ 4,69 pelo litro da gasolina. “O Procon vai continuar monitorando diariamente a situação.”

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Adulteração

Sobre as denúncias que surgiram nas redes sociais apontando que postos estariam adulterando combustível acrescentando água aos produtos, Schröder garante que não há casos na cidade. “Estamos fiscalizando, e não há nenhuma ocorrência comprovada. Os carregamentos vieram de um único lugar, e a probabilidade de alteração é muito pequena. Quando o combustível chega aos postos já há muitas pessoas na fila, não há nem tempo para fazer algo do tipo.” Ele ressalta a importância de o consumidor denunciar situações que provoquem desconfiança. As denúncias podem ser feitas pelo aplicativo Colab, na aba “Crise de combustível _ Prática abusiva” ou pelos telefones 3690-7610 e 3690-7611.

Consumidores são roubados em fila para abastecer

Três jovens foram detidos em flagrante após roubarem consumidores que estavam na fila para abastecer em um posto de gasolina no Bairro Francisco Bernardino, Zona Norte, na noite da última quarta-feira (30). De acordo com a Polícia Militar, dois rapazes de 19 anos e um menor de idade abordaram as vítimas por volta das 22h e anunciaram o assalto. Dizendo que estavam armados, levaram aparelhos celulares e uma quantia em dinheiro, que não foi informada, de dois homens de 62 e 56 anos, e duas mulheres de 62 e 45 anos. Após rastreamento feito pela PM, os autores foram localizados e reconhecidos pelas vítimas, sendo detidos e conduzidos à delegacia.

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