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Início das aulas provoca corrida por material escolar e uniformes em JF

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Apesar de a demanda ter sido maior na véspera, os estabelecimentos também apresentaram procura na tarde desta quinta-feira (1º) (Foto: Olavo Prazeres)
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O primeiro dia de volta às aulas na maioria das escolas da rede particular também foi o de corrida dos pais para quitar a lista de material ou levar a peça que falta do uniforme para casa. Apesar de a demanda ter sido maior na véspera, os estabelecimentos também apresentaram procura na tarde desta quinta-feira (1º). A fila na porta da Papelaria Anapel já comprovava que são muitos os que deixaram a lista – ou parte dela – para o início do ano letivo. O problema de ir às compras nessa “altura do campeonato” é a falta de variedade e o risco de voltar para casa sem o produto desejado.

Equilibrando-se entre sacolas, a dona da casa Luciana Helena Gouvêa disse que estava esperando o salário de fevereiro para comprar o material dos dois netos. Ela pesquisou preços, enfrentou fila e acabou quitando as listas no estabelecimento em que encontrou o melhor custo benefício. O uniforme foi comprado com antecedência, mas o material ficou para a última hora. Já a dona de casa Valdenice Santos fez o caminho contrário.

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Comprou a maioria do material no dia anterior e estava pendente com o uniforme para os três filhos em idade escolar. Valdenice estava nas ruas nesta quinta sem coragem para enfrentar fila, mas sem muita alternativa também, caso quisesse voltar para casa sem pendências.

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O proprietário da Papelaria Anapel, Luiz Henrique Fazza, afirmou que a procura, nos últimos quatro dias, superou as expectativas, inclusive com fila na porta durante boa parte do expediente. A expectativa é de que o movimento aquecido resulte em vendas até 15% maiores em relação ao ano passado. Segundo Fazza, o consumidor tem pesquisado antes de efetivar as compras. Este, aliás, pode ser um dos motivos para que elas tenham sido tão postergadas.

Na Charme Colegial, o movimento de véspera foi considerado “uma loucura” pela proprietária Flávia Lima. Apesar de a quinta-feira ter sido mais tranquila, a procura deve se manter em alta nas próximas semanas, disse. Segundo ela, a maior demanda começou a ser identificada a partir da segunda quinzena de janeiro. Flávia explica que, tradicionalmente, o consumidor deixa a aquisição para a última hora, mas há quem antecipe e sinta falta de alguma peça específica às vésperas do retorno escolar.

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O friozinho dos últimos dias, sentido durante a noite e nas primeiras horas do dia, por exemplo, incentivou a busca por agasalhos em pleno verão. A corrida de última hora não impacta nos preços, mas reflete na oferta de pronta entrega, garantiu. Não raro, o consumidor pode voltar para casa sem o produto desejado na numeração necessária, sendo preciso lançar mão da encomenda.

Horário estendido
Para facilitar a vida dos consumidores, as papelarias e as livrarias estão autorizadas a funcionar em horário estendido até o dia 16 de fevereiro em Juiz de Fora. De segunda a sexta-feira, os lojistas podem manter as portas abertas entre 8h30 e 20h. Aos sábados, o horário estendido pode variar das 8h30 às 16h. A extensão do horário, no entanto, é uma decisão particular de cada estabelecimento.

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Variação de produtos sazonais fica abaixo da inflação

Os materiais escolares chegaram, este ano, às prateleiras com aumento médio de 5% a 8% em relação a 2017, conforme a Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares e de Escritório (Abifiae). A variação média de preços dos itens do material e do transporte escolar, no entanto, ficou abaixo da inflação. O levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) apontou aumento médio de 1,60% em relação ao ano passado, bem abaixo do Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que foi de 3,05%. O período avaliado foi fevereiro de 2017 a janeiro deste ano.

Conforme a FGV, os livros não didáticos registraram queda de 1,65%, enquanto os livros de literatura apresentaram decréscimo médio de 0,07% nos preços. O material escolar, cesta com itens como caderno, borracha, apontador, lápis e caneta, subiu 2,01% no período. Já o transporte escolar descolou das demais categorias ao registrar aumento de 6,02%. Para o coordenador do IPC do FGV IBRE, André Braz, responsável pela pesquisa, a notícia é boa, mas início de ano exige atenção maior com os gastos. “Os pais precisarão se planejar e economizar para essas compras, já que, no início do ano, há grande concentração de despesas que reduzem o orçamento familiar”, ponderou.

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