Ícone do site Tribuna de Minas

Acordo quer reduzir níveis de açúcar nos alimentos industrializados

açúcar

(Foto: Pixabay)

PUBLICIDADE

Produtos alimentícios como iogurtes, achocolatados, sucos em caixinha, refrigerantes, bolos e biscoitos terão seus níveis de açúcar reduzidos. O acordo voluntário com a indústria de alimentos processados, chamado de Plano Nacional de Redução do Açúcar em Alimentos Industrializados, anunciado no começo do mês pelo ministro da Saúde, Gilberto Occhi, deve ser finalizado nos próximos dias. Nessa primeira etapa, os fabricantes dos produtos citados devem se comprometer a reduzir os teores de açúcar até 2021. O percentual de redução, no entanto, vai variar de acordo com a classe de produto.

O modelo de redução de açúcar se espelha no acordo semelhante realizado com a indústria em 2011 para a redução de sódio de alimentos. No caso do sal, o compromisso foi renovado no ano passado e já envolveu 30 categorias de produtos. Apesar de o Mistério da Saúde e a indústria terem firmado o acordo, a estratégia é alvo de históricas críticas de associações ligadas à saúde e à alimentação saudável. O argumento delas é o de que as metas são extremamente tímidas e, em muitos casos, os teores determinados são tão altos que indústrias não necessitavam alterar a composição de seus produtos.

PUBLICIDADE

Consumo de sódio pelo brasileiro

De acordo com o Ministério da Saúde, o brasileiro ingere, atualmente, 12 gramas de sódio por dia, mais que o dobro do máximo sugerido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de cinco gramas. O excesso ocorre por meio do sal adicionado na preparação e no consumo de alimentos; e no volume de sódio presente em alimentos processados e em alimentos consumidos e preparados fora de casa. Desde 2011, o ministério, em conjunto com a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia), vem realizando análises para bater a meta estipulada para a retirada do sal dos alimentos.

PUBLICIDADE

A primeira etapa envolveu massas instantâneas, pães de forma e bisnaguinhas. A segunda etapa abrangeu batatas fritas, salgadinhos de milho, bolos sem recheio e recheados, rocambole, misturas para bolo aerado e cremoso, maionese, biscoito salgado, doce e recheado. Na terceira etapa foram analisados os índices em margarinas, cereais matinais, caldos em cubo, caldos em gel, temperos em pasta, temperos para arroz e outros temperos. A quarta etapa abordou empanados, hambúrguer, linguiça cozida, linguiça cozida resfriada, linguiça frescal, mortadela refrigerada e de presuntaria, queijo mussarela, requeijão cremoso, salsicha, sopas instantâneas individuais e sopas em pacote. A estimativa é retirar 28.562 toneladas de sal até 2020. Neste processo, foram analisados rótulos de 202 produtos de 22 empresas.

Consumo de açúcar é 6% maior que o ideal

A OMS recomenda que o consumo de açúcar não ultrapasse 10% das calorias consumidas por dia, o equivalente a aproximadamente 50g/dia. Mas no Brasil, segundo o Ministério, o consumo é 16,3% do total de calorias diárias. Estima-se que mais da metade da população adulta esteja acima do peso, 53,9%. Em 2006, a prevalência era 43%. Deste total, 18,9% são obesos. Em 2006, era 11,4%.

PUBLICIDADE
Sair da versão mobile