Inmetro atualiza critérios para o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE)
Primeiras mudanças atingem os equipamentos de ar-condicionado e visam a destacar os aparelhos mais econômicos, auxiliando o consumidor na hora da compra
O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) fez uma nova atualização no Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE). A mudança recente atinge os aparelhos de ar-condicionado. As mudanças tornarão mais rigorosos os critérios para classificar um equipamento como A, que tem o menor consumo de energia elétrica, auxiliando o consumidor na hora da tomada de decisão de compra.
A atualização foi elaborada a partir dos princípios da Lei da Liberdade Econômica e após um intenso processo de estudo técnico do produto, do processo e do mercado, que incluiu discussão com as partes interessadas, ensaio de equipamentos e consulta pública realizada entre fevereiro e março desse ano, que contou com 158 contribuições de 20 diferentes entidades representativas do setor produtivo.
Uma das principais mudanças nesta nova abordagem avaliativa foi a adoção da métrica sazonal para o cálculo da eficiência energética do aparelho, que considera os cálculos baseados nas temperaturas que ocorrem ao longo do ano e a frequência de utilização do ar-condicionado para cada temperatura.
Reclassificação
Com essa nova metodologia, a classificação da eficiência energética dos condicionadores de ar terão seus níveis ajustados, de forma a tornar mais rigoroso o critério para que um produto seja classificado como A, por exemplo. A nova classe A terá que obter um índice de eficiência energética de 5,5 ante os 3,23 até então definidos. Os fabricantes terão até dezembro de 2022 para se ajustarem aos novos critérios, mas já será possível utilizar a nova etiqueta a partir da publicação da portaria. Assim, até a data limite coexistirão as duas etiquetas no mercado: a antiga, para aparelhos que não estiverem adequados às novas regras, e a nova, para produtos já alinhados ao novo modelo.
Desempenho
O PBE é um programa que avalia o desempenho dos produtos considerando critérios de eficiência energética, ruído e utilização de recursos naturais. Ele foi criado em 1984 e, atualmente, contempla 30 iniciativas diferentes, incluindo edificações e a eficiência na utilização de recursos naturais nos empreendimentos, fogões, fornos, automóveis e ar-condicionado.
A classificação varia do A ao D. Esta informação consta na Etiqueta Nacional de Consumo de Energia (ENCE), que é o selo de conformidade que evidencia o atendimento do produto aos requisitos estabelecidos no PBE. Na área de eficiência energética, o programa é um importante aliado do consumidor na hora de comprar, pois fornece informações sobre o consumo de energia dos aparelhos, ajudando na economia de energia elétrica.
Ao priorizar itens de baixo consumo, a sociedade estimula a indústria a desenvolver e fornecer produtos cada vez mais eficientes, fazendo do PBE um indutor de inovação industrial.