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Saiba como economizar para a iluminação de Natal não encarecer a conta de luz

iluminação de Natal
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Com o mês de dezembro chegam também os enfeites de Natal. É hora de tirar do armário a guirlanda, o presépio e os tradicionais pisca-piscas. Nas lojas é possível encontrar luzes de todos os tipos, diferentes formatos, cores e tamanhos para compor a iluminação de Natal. Todas cumprem bem a função de sinalizar a chegada de umas das festas mais aguardadas do ano, mas será que existe algum modelo mais econômico?

A Tribuna conversou com o professor do Departamento de Física da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) José Paulo de Mendonça sobre os gastos que esses enfeites podem gerar e os cuidados que o consumidor precisa ter na hora de escolher a decoração.

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Especialista explica que há, sim, diferença de gasto de energia a depender do tipo de iluminação (Foto: Pexels)

Lâmpadas LED x incandescentes

Atualmente as lâmpadas de LED têm dominado o mercado dos pisca-piscas. Isso porque elas são muito mais econômicas que as incandescentes. Antigamente era comum encontrar pisca-piscas com pequenas lâmpadas de vidro, que, além de consumirem mais, traziam mais riscos, pois podiam superaquecer e causar pequenos curtos.

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Para se ter uma noção prática, o professor afirma que um conjunto de pisca-pisca de LED tem, em média, potência de 15 watts. Já um conjunto incandescente, 50 watts. A conta de energia é cobrada pelo consumo em quilowatt-hora (kWh). Supondo que o pisca-pisca fique ligado durante seis horas todos os 31 dias do mês, teremos um gasto de energia de 2,7 kWh (15w x 31 dias x 6 horas / 1000 = 2,78 kWh).

No caso do pisca-pisca incandescente, esse mesmo gasto seria de 9kWh. Considerando que a energia cobrada pela concessionária seja R$ 0,96 por 1 kWh, podemos afirmar que o aumento na conta de luz gerado pelo pisca-pisca LED será de R$ 2,60, enquanto no pisca-pisca incandescente, o valor será de R$ 8,64.

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Mendonça explica que as lâmpadas incandescentes gastam boa parte da sua energia para gerar ondas eletromagnéticas na região chamada de infravermelho. “Nessa região do espectro, nossos olhos não conseguem detectar, ou seja, é uma região inútil para nossos olhos. Assim, muita energia consumida pela lâmpada incandescente é para gerar um tipo de “luz” que não enxergamos. Já a lâmpada LED foi desenvolvida para gerar um espectro mais estreito, mais próximo da luz visível.”

Cores, formatos e tamanhos

Com a opção de compra na internet, os modelos de pisca-pisca são praticamente ilimitados. Existem luzes de todas as cores, formatos e tamanhos para compor a iluminação de Natal. Mas será que existe diferença de gasto entre elas? A resposta é sim. De acordo com o professor João Paulo a diferença existe, mas é muito pequena e quase não deve ser notada pelo consumidor, a não ser que a quantidade de lâmpadas LED seja grande. “Para comparação, LEDs coloridos de pisca-pisca de Natal possuem potência de 36 mW para o vermelho, 42 mW para o verde e 62 mW para o azul.” Quanto maior a potência, maior o consumo de energia e maior a luminosidade. “Para o caso específico do pisca-pisca de Natal, a luminosidade escolhida, de um modo geral, é baixa, gerando uma baixa potência.”

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Dicas de segurança na iluminação de Natal

Tão importante quanto ficar atento à potência do produto, o consumidor precisa garantir que a iluminação de Natal é segura. No Brasil, as luminárias natalinas não possuem certificação do Inmetro, pois não fazem parte de um programa de avaliação de conformidade que concede o “selo Inmetro”. No entanto, esses produtos devem obedecer à portaria do órgão (497, de 13 de dezembro de 2021), que estabelece informações obrigatórias na embalagem, como tensão, corrente, potência máxima do conjunto, nome e marca do fabricante ou importador.

Ao adquirir um pisca-pisca, é essencial verificar a potência da casa ou estabelecimento comercial para escolher entre 100 volts ou 220 volts. Se por acaso alguma lâmpada queimar, o ideal é trocar por outra de mesma voltagem para evitar superaquecimento. Ainda de acordo com o órgão, os produtos não devem conter material ferroso em seus condutores e um teste simples com ímã pode revelar irregularidades. Para decoração externa, é aconselhável utilizar modelos com proteção contra água, evitando riscos de curto-circuito.

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