O consumo por meio de trocas e do compartilhamento vem ganhando espaço no cotidiano dos brasileiros. Pelo menos é o que revela a pesquisa feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Em um ano, subiu de 68% para 81% o número de pessoas dispostas a adotar mais práticas de consumo colaborativo em seu dia a dia. No geral, 74% das pessoas ouvidas já utilizaram, ao menos uma vez, ainda que sem frequência definida, alguma dessas modalidades. A pesquisa ouviu 837 consumidores acima de 18 anos, de ambos os gêneros, de todas as classes sociais e que residem nas 27 capitais do país.
Para muitas delas, o consumo compartilhado é um caminho sem volta, ou seja, 88% dos entrevistados acreditam que essas práticas vêm ganhando espaço na vida das pessoas e que essa mudança de paradigma é impulsionada, principalmente, pelas novas tecnologias. Para 85%, a internet e as redes sociais contribuem para o desenvolvimento de confiança entre os envolvidos nesse tipo de prática.
O levantamento ainda mostrou que, entre as modalidades de consumo colaborativo com maior potencial de utilização, estão: o coworking, que consiste no compartilhamento do espaço físico de trabalho (61%), o aluguel ou troca de brinquedos (59%) e a hospedagem de animais de estimação na casa de terceiros (59%). Entre aqueles já são adeptos dessas práticas, as mais comuns são: caronas para ir ao trabalho, faculdade, passeios ou viagem (42%), o aluguel de residências para curtas temporadas (38%), compartilhamento e da locação de roupas (33%).
Reflexos positivos
No geral, 91% dos usuários se dizem satisfeitos com relação às práticas de compartilhamento que já utilizaram. Além disso, a maioria (70%) deles já refletiu sobre o tamanho da economia que a prática rende, sendo que 40% consideram grande os recursos poupados. A pesquisa mostrou, ainda, que 98% dos brasileiros, sejam eles adeptos ou não, enxergam alguma vantagem na prática do consumo colaborativo. Neste item, as principais oportunidades são: economizar dinheiro (45%), evitar o desperdício (44%) e diminuir o consumo excessivo (43%). Outros aspectos positivos são poupar energia e recursos naturais (34%) e poder ajudar outras pessoas (33%).