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Mamm recebe a exposição ‘Murilo Mendes: O poeta brasileiro de Roma’

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Murilo Mendes o poeta brasileiro de Roma DIVULACAO1
A exposição tem foco na temporada em que o poeta viveu em Roma, onde passou seus últimos anos de vida, os amigos que cultivou e os olhares direcionados a eles através de seus poemas (Foto: Divulgação)
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A nova exposição em cartaz no Museu de Artes Murilo Mendes (Mamm) tem como recorte específico a temporada em que o poeta viveu em Roma, lugar onde passou seus últimos anos de vida, os amigos que cultivou e os olhares direcionados a eles através de seus poemas da época. “Murilo Mendes: O poeta brasileiro de Roma” reúne obras italianas que fazem parte da coleção de Murilo Mendes, e pode ser conferida na galeria Poliedro, de terça a sábado, das 9h às 18h, e, aos domingos, das 13h às 18h. A entrada é gratuita.

Registros que apresentam o apartamento de Murilo Mendes em Roma mostram que suas paredes eram repletas de obras de arte. Obras essas, em sua maioria, feitas por amigos do poeta, sobre os quais Murilo Mendes escreveu e publicou em seu livro “A invenção do finito”. Doze deles estão reunidos na exposição, sendo eles: Antonio Corpora, Giuseppe Capogrossi, Piero Dorazio, Mario Padovan, Achille Perilli, Gino Severini, Giulio Turcato, Michelangelo Conte, Cosimo Carlucci, Gastone Biggi, Alberto Magnelli e Nino Franchina.

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Para além das obras, “Murilo Mendes: O poeta brasileiro de Roma” expõe também os textos de Murilo Mendes sobre cada um dos artistas. De acordo com a organização da exposição do Mamm, é uma forma de apresentar o trabalho do poeta como crítico de arte, evidenciando o seu gosto, a evolução dele com o tempo, e, claro, as relações de afeto que constituiu.

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A exposição também deixa visível uma variedade de técnicas presente entre os artistas escolhidos, como pontua a curadoria. Tem a arte cinética de Carlucci e Biggi, o abstracionismo de Magnelli e o cromatismo de Corpora, entre outros. A curadoria também ressalta que a maioria dos artistas de “Murilo Mendes: O poeta de Roma” estiveram envolvidos na criação do Forma 1, que introduziu as poéticas abstracionistas e construtivistas na Itália. Eles consideram, ainda, que esse é um dos lotes mais coesos da Coleção Murilo Mendes.

O título da exposição faz referência a um livro de Maria Betânia Amoroso, que leva o mesmo nome. Ele foi editado pelo Selo Mamm e publicado pela Unesp, em 2013. A autora, entre 2001 e 2009, pesquisou Murilo Mendes e o que críticos escreveram sobre ele, principalmente os italianos. Ela se utilizou de arquivos que deixaram vestígios do poeta e ainda entrevistou pessoas que estiveram próximas a ele entre 1957 e 1975 – tempo que passou em Roma. Lá, ele atuou como professor de Cultura Brasileira na Universidade La Sapienza de Roma e na Universidade de Pisa. Nos anos 1970, na Itália, recebeu o Prêmio Internacional de Poesia Etna-Taormina e o Prêmio Internacional Viareggio-Versilia.

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De acordo com a equipe, uma outra mostra sobre o período em que Murilo Mendes esteve em Roma está sendo preparada. Esse acervo é fruto de novas aquisições arquivísticas do Mamm.

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Acessibilidade

“Murilo Mendes: O poeta brasileiro de Roma” é a primeira exposição do Mamm com audiodiscrição disponível para todas as obras. Ele pode ser utilizado pelo celular, através de QR Codes localizados próximos a cada trabalho.

Em São Paulo

Enquanto “Murilo Mendes: O poeta de Roma” acontece no Mamm, parte expressiva da Coleção Murilo Mendes está disponível na mostra “Murilo Mendes, poeta crítico: o infinito íntimo”, no Museu de Arte Moderna de São Paulo. A exposição, em São Paulo, está sendo dividida em três blocos: um sobre o círculo de Murilo Mendes e Ismael Nery, no Rio de Janeiro, entre 1920 e 1930; outro abordando meados da década de 1930 até sua mudança para Itália; e, por fim, o período que viveu em Roma.

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