A comunidade redentorista amanheceu de luto. Morreu aos 44 anos o Padre Flávio Leonardo Santos Campos, que entre 2009 e 2011 foi pároco da Igreja da Glória de Juiz de Fora. O corpo do religioso foi encontrado na manhã desta segunda, 31, no Convento Redentorista de Belo Horizonte, onde ele vivia. “Atualmente morava na Comunidade Redentorista de Belo Horizonte, sendo o ecônomo da Província MG-RJ-ES. Nossos sentimentos de conforto à família do Pe. Flavio e também aos confrades redentoristas”, lamenta a nota publicada pela Paróquia da Glória em suas redes sociais.
A missa de exéquias, segundo nota emitida pelos Redentoristas, será realizada nesta terça-feira, 1º de setembro, às 9h, na Igreja São José, na capital mineira, seguida do sepultamento, também na capital. Nascido em Congonhas, Padre Flávio Leonardo manteve uma relação estreita com Juiz de Fora ao longo de sua vida. Foi na cidade que ele iniciou sua trajetória religiosa, integrando, em 1993, o seminário Redentorista, na Comunidade Vocacional Santo Afonso, no Floresta. Ainda na cidade, o padre ingressou no curso de Filosofia da UFJF, formando-se em 1998. Depois mudou-se para as mineiras Curvelo, Belo Horizonte e Congonhas. Também passou por Cariacica, no Espírito Santo até que, finalmente, fixou-se em Juiz de Fora novamente.
“Sua trajetória como Missionário Redentorista foi marcada pelo compromisso e seriedade com a economia e administração da Província, pela solidariedade através da coordenação das obras sociais, pelo zelo com a Juventude Redentorista e pelo cuidado e imenso carinho com o qual se empenhava na conservação do Acervo Histórico e da memória da Congregação Redentorista. Homem simples, de poucas palavras mas de grande fé e enorme coração! Cumpriu sua missão em favor dos mais pobres e abandonados”, destaca a nota dos Redentoristas, sobre um dos responsáveis pela valorização do arquivo eclesiástico da Igreja da Glória, um dos mais relevantes da região.
Num resgate da história local, padre Flávio Leonardo envolveu-se em um de seus mais queridos projetos: a fabricação da cerveja artesanal Hofbauer. Produzida duas vezes por ano para consumo dos padres, no porão da Igreja da Glória, a antiga receita homenageia São Clemente Maria Hofbauer, santo austríaco da congregação e rendeu até reportagem no global Fantástico. “A Igreja nunca viu como uma incoerência o consumo da cerveja com a convivência comunitária, com a fé. Ela compunha o almoço no cotidiano da comunidade”, disse o religioso, na época em que reativou a cervejaria e todos os seus equipamentos já em desuso.