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15ª Flip busca diversidade e relevância

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
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A 15ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty, com curadoria da jornalista Joselia Aguiar, foi buscar na diversidade a fórmula da relevância. Neste ano, pela primeira vez, escritoras e artistas mulheres são maioria, e cerca de 30% dos convidados na programação oficial são negros. O homenageado – Lima Barreto – e seus temas de trabalho dominam a maior parte da programação que, se não tem nenhuma mesa dedicada à análise política imediata, é perpassada por um espírito de resistência e questionamento que não tem muito a ver com os preços altos dos hotéis e restaurantes de Paraty. A Flip deste ano ocorre entre 26 e 30 de julho.

Os debates da programação principal serão realizados na Igreja Matriz. Os ingressos custam R$ 55 e estarão à venda no dia 13 de junho. Na praça em frente, haverá outros espaços da Flip, inclusive uma tenda com 700 lugares com um telão para os debates, gratuita. Ainda não há confirmação se haverá transmissão ao vivo pela web.

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Na entrevista coletiva desta terça-feira, 30, a curadora disse que espera que este ano seja um ponto de virada para a Flip. “Queremos continuar influenciando outros eventos e até o mercado editorial”, comentou – nas mesas, há autores consagrados e jovens que demoraram a ser publicados no Brasil, como Diamela Eltit e Marlon James (vencedor do Man Booker Prize em 2015). James vai dividir uma mesa com o norte-americano Paul Beatty, que venceu em 2016.

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Joselia Aguiar diz que muitas mesas foram pensadas do ponto de vista feminino, e que é difícil manter uma paridade por conta do fato de que, segundo ela, as mulheres podem viajar com menos facilidade, e a oferta de homens do mercado editorial ainda é maior. A curadora também apostou em isonomia entre editoras, que acabou vindo naturalmente pela busca de autores de literaturas menos centrais.

Uma das ações de permanência elaboradas pela curadoria foi em parceria com o Grupo Intelectuais Negras UFRJ, que lançará na Flip o catálogo de mesmo nome com informações biográficas e profissionais de mulheres negras atuantes no País. Seis artistas participam da programação oficial com apresentações num novo quadro nomeado Fruto Estranho. Segundo a organização, desde 2003 a Flip ajudou a formar mais de 300 mediadores de leitura em Paraty, doou 28 mil obras para 73 bibliotecas comunitárias da região, e mantém a Biblioteca Casa Azul, com 15 mil livros, na Ilha das Cobras.

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A Flip foi autorizada a captar R$ 6,4 milhões, mas o orçamento deste ano deve ficar em R$ 5,7 milhões, segundo Mauro Munhoz, diretor da Casa Azul, entidade sem fins lucrativos que organiza a Festa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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