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Secretaria de Cultura lança mais uma edição do programa de intercâmbio Música Minas

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A Secretaria de Estado de Cultura (SEC) lançou mais uma edição do Música Minas. O programa de intercâmbio cultural viabiliza viagens por municípios de todo o Brasil e dos cinco continentes do mundo, proporcionando aos contemplados a troca de experiências com outras culturas, a formação de uma rede de contatos e a ampliação do público.

São R$ 700 mil repassados, a título de ajuda de custo, para despesas com passagens, seguros de viagem, hospedagem, alimentação entre outras. As inscrições já estão abertas e os interessados podem acessar o edital no site www.cultura.mg.gov.br.

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Considerada a principal novidade do edital 2018, a participação da sociedade civil na comissão de avaliação de projetos do Música Minas foi ressaltada pelo secretário Angelo Oswaldo durante o evento.

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“As contribuições trazidas pela cadeia produtiva da música mineira são essenciais para a construção de um edital aderente às necessidades da população. Certamente o processo de seleção deste ano está fortalecido com a participação da sociedade civil”, avaliou Angelo. O secretário de Estado de Cultura ainda falou sobre a relevância do programa para a difusão da música e da cultura de Minas Gerais.

“O Música Minas leva nossa identidade musical a todos os continentes. Uma viagem pode proporcionar novos contatos, convites e proporcionar um intercâmbio cultural que possibilite a troca de linguagens entre artistas. O programa fortalece toda a cadeia produtiva e projeta a cultura e o fazer artístico de nosso estado”, acrescenta.

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Realizado na Sala Juvenal dias, no Palácio das Artes, o lançamento do edital contou com a apresentação de dois grupos contemplados na edição 2017 do programa. O grupo de tambores SiHembra, formado pelas musicistas Isabela Leite, Poliana Tuchia e Maria Milagros, abriu os trabalhos. As artistas foram contempladas no ano passado e levaram um pouco dos tambores mineiros para Barranquila, na Colômbia, onde realizaram uma residência artística na Fundação Rede de Tamboreras.

Para a apresentação, o SiHembra recebeu as convidadas Claudia Manzo, artista chilena residente em Minas Gerais, e Bela Couy. De acordo com a percussionista Isabella Leite, o intercâmbio realizado em solo colombiano propiciou a formação de uma nova rede de apoio a mulheres e abriu espaço para o grupo na América Latina.

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“A viagem nos rendeu excelentes frutos. Um deles foi a organização do coletivo “Mulheres de América-Latina reunidas pelo Tambor (M.A.L.T.A.), que é um mapeamento das mulheres protagonistas na música de percussão. Isso fomenta o empoderamento feminino e abre caminho a ampliação da rede de apoio à nossa linguagem musical. Somos muita gratas ao Música Minas por esse incentivo e por ter nos permitido ampliar nossa rede de contatos”, explica Isabella.

Secretário de Cultura, Angelo Oswaldo, falou sobre a relevância do programa para a difusão da música (Foto: Agência Minas)

Na sequência, a sonoridade jazzística do pandeirista Tulio Araújo também encantou o público presente ao lançamento. Acompanhado dos músicos Dan Oliveira (guitarra), Tiago Araújo (baixo), e Julian Tarragô (acordeon), o músico fez releituras de Edson Vianna, Sivuca e Miles Davis. Contemplado no edital de 2017, o artista viajou com seu grupo o “Tulio Araújo e o Projeto Dobradura” para os Estados Unidos, onde lançou seu terceiro álbum, intitulado “Monduland”. “Tenho uma história com os Estados Unidos desde 2012, viajando sozinho e tocando com músicos americanos. Nessas idas, procurei angariar contatos. E no ano passado pude realizar meu sonho, que era levar meu quarteto para tocar por lá”, pontua Tulio.

A viagem proporcionada pelo Música Minas permitiu ao artista estabelecer novas conexões, mostrar todo o potencial da música mineira e fechar novas apresentações em solo norte-americano. “Tenho cinco shows agendados em Nova York este ano. O Música Minas, além de ter financiado a minha ida, me proporcionou mostrar o potencial completo do meu trabalho, e isso claramente me colocou em um outro patamar de conexões lá fora. As pessoas me procuram para marcar datas, pagando minhas passagens. Agradeço muito à Secretaria de Estado de Cultura por ter me proporcionado essa experiência. Vida longa ao programa”, afirma o pandeirista.

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Edital

Para garantir a pluralidade e a democratização do acesso aos recursos, o edital estabelece que projetos provenientes do interior entram como primeiro critério de desempate. O segundo critério se refere a propostas com temáticas voltadas aos afrodescendentes, índios, deficientes físicos, ao empoderamento da mulher e aos grupos LGBTs.

Assim como no ano passado, projetos de circulação e intercâmbio estão contempladas em um único edital. A medida facilita a vida dos interessados que desejam apresentar roteiros para ações de difusão cultural, de formação, pesquisa e capacitação. Esse conceito também possibilita a participação em feiras nacionais e internacionais de negócios.

Estrangeiros residentes em Minas Gerais podem mais uma vez participar do pleito, desde que residam a no mínimo um ano e que integrem alguma proposta de execução coletiva.

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Novidades

Como forma de aproximar cada vez mais a sociedade civil das políticas culturais, a Secretaria de Estado de Cultura (SEC) apresenta uma importante novidade no Música Minas 2018. A partir desta edição, o programa de intercâmbio musical passa a contar com a participação da sociedade civil em sua Comissão de Avaliação e Seleção.

A iniciativa atende a uma demanda dos agentes e produtores musicais, e reafirma a preocupação do Governo de Minas Gerais com a escuta da sociedade organizada. Consultas online já eram efetuadas, mas ampliar essa cooperação era algo tratado com prioridade, conforme informa a superintendente de Interiorização e Ação Cultural, Manuella Machado.

“A participação da sociedade civil nos processos de discussão e de tomada de decisão do poder público é a expressão da democracia, que deve ser valorizada e garantida pelos gestores públicos”, diz Manuella.

Outra novidade se refere a junção de dois critérios de avaliação. A partir deste ano o clipping e o portfólio serão analisados conjuntamente pela comissão que avalia as propostas, facilitando o entendimento e a entrega dos documentos obrigatórios pelos proponentes.

O diretor de Programas e Articulação Institucional da Superintendência de Interiorização e Ação Cultural da SEC, Marco Túlio Costa, ressalta a intenção das mudanças. “Nosso objetivo é tornar o processo mais efetivo e evitar dualidade na apresentação dos documentos. Percebemos que a utilização dos dois documentos em separado estava impedindo que alguns projetos avançassem na primeira etapa do certame, que é a análise documental”, afirma.

Flexibilidade no prazo de inscrição

As propostas podem ser inscritas durante todo o ano, não ficando limitadas às datas das viagens estipuladas pelas seleções. Os proponentes que planejam embarcar somente em dezembro já podem pleitear os recursos a partir de hoje (21). As inscrições estão abertas para qualquer período de viagem em 2018. Confira o cronograma:

No intuito de ampliar a distribuição dos recursos, no Edital de Intercâmbio e Circulação – Música Minas 2018 o proponente poderá receber apoio parcial, caso seja alcançado o limite de R$175 mil por período de seleção.

Neste ano, os valores dos incentivos para todos os destinos foram reajustados a fim de efetivar o apoio às viagens. O valor destinado será individual ou por integrante, em casos de propostas que envolvam execução coletiva. O valor máximo por grupo será de R$12 mil para viagens nacionais e de R$ 65 mil para viagens internacionais. Conheça os tetos orçamentários estipulados por destino:

Balanço

Em 2017, o Música Minas contemplou 56 propostas, e garantiu a circulação de 210 pessoas. Artistas mineiros levaram a música produzida em Minas Gerais aos cinco continentes do mundo. O Japão recebeu o duo Alexandre Andrés e Rafael Martini para o lançamento do álbum Hura. A Coréia do Sul foi o destino da artista Jennifer Souza, que apresentou canções de seu trabalho “Impossível Breve”.

O famoso festival de jazz de Montreux, na Suíça, por onde passaram grandes nomes da música, como Nina Simone, Ella Fitzgerald e Elis Regina, foi palco para o guitarrista de Ribeirão das Neves, Expedito Inácio Andrade. A banda ouro-pretana Seu Juvenal, que comemorou no ano passado 20 anos de estrada, excursionou pela primeira vez na Europa, tocando na República Tcheca, Polônia e Eslováquia.

A Argentina deu voz à música produzida em Minas Gerais com uma série de apresentações do Araçá Quarteto de Choro, grupo de Poços de Caldas. O programa da Secretária de Estado de Cultura também foi responsável por levar o professor de violão Ricardo Novais a Guiné-Bissau, na África, para ensinar violão à crianças e adolescentes carentes.

O convite partiu do “Projeto Educando”, escola que atende cerca de 150 pessoas na cidade de Gabu, região leste do país. Essas são apenas algumas das inúmeras propostas contempladas ao longo de 2017.

Em 2015 e 2016 o edital viabilizou 111 projetos, promovendo a viagem de 349 integrantes da cadeia criativa e produtiva da música.

 

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