O presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Marcelo Freixo, esteve na Mostra de Cinema de Tiradentes e anunciou a segunda edição do edital “Brasil com S”, que investe R$100 mil por curta-metragem produzido. Além de falar sobre o edital, o responsável pelo incentivo também abordou a necessidade de uma film comission brasileira, ou seja, uma organização que atraia e incentive produções audiovisuais capazes de incentivar o turismo nas regiões. O programa terá a exibição dos seus primeiros filmes na noite de sábado (1), às 19h30, no festival.
O segundo edital da Embratur tem como foco a Amazônia, e traz uma cota para produções de moradores da região. Todos os curtas devem ser inéditos e, no total, quatro projetos serão aprovados.“A Amazônia é um destino sustentável que queremos construir. (…) Essa é uma tarefa minha, pedida pelo presidente Lula. A Amazônia precisa de alternativas legais para combater as atividades ilegais”, reforça. As inscrições podem ser feitas entre 1 de fevereiro e 7 de março.
A necessidade da film commission brasileira se justifica, para ele, também pelo momento especial que o cinema brasileiro está vivendo, com a indicação de “Ainda estou aqui” ao Oscar. Já há diversos estudos que apontam que as pessoas têm escolhido seus destinos turísticos com base em produções que assistiram – efeito que acontece com “Senhor dos anéis”, na Nova Zelândia, e “La casa de papel”, na Espanha, como ele lembra. “Entre as dez maiores economias do mundo, somos a única que não tem. Já vimos o efeito que isso causa. Nós precisamos de uma film commission para pensar o Brasil como um todo”, afirma.
Os filmes aprovados no primeiro edital são “Caminhos do Peabiru”, de Juliano de Paula e Bruna Steudel, “Entre sinais e marés”, de João Gabriel Ferreira e João Gabriel Kowalski, “Huni Kuï – Povo verdadeiro”, de Tatiana Sager e Gabriel Sager Rodrigues e “O carimbó da Amazônia”, de Adriana Farias e Maxwell Polimanti.
Relação com Minas Gerais
Considerando a Mostra de Cinema de Tiradentes como uma das mais importantes do Brasil, o presidente da Embratur também reforça esse potencial turístico em Minas Gerais – um dos estados que mais cresce na área no país. Com mostras internacionais em vista, ele afirmou que o estado está sendo vendido como local de turismo gastronômico pelo mundo, também com a relação do reconhecimento do Queijo Minas Artesanal. As mostras, nesse sentido, seriam mais um incentivador: “O que acontece em Cannes, por exemplo, podemos fazer também aqui em Tiradentes”, diz.
*A repórter viajou a convite da Universo Produção