O Ministério da Cultura (MinC), por meio da Secretaria do Audiovisual (SAV), e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) assinaram um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) nesta segunda-feira (28), durante o Seminário Economia Audiovisual e Interseccionalidades, realizado na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O acordo visa à produção de uma pesquisa nacional sobre a indústria do audiovisual.
O ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, destacou o interesse em integrar a indústria do audiovisual ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI). Durante a cerimônia de assinatura, a ministra Margareth Menezes reforçou o papel do acordo para políticas públicas mais informadas. “Esse seminário integra as ações para o novo Plano de Diretrizes e Metas (PDM) , buscando fortalecer a cadeia produtiva e promover políticas inclusivas e estratégicas. Nossa missão no MinC é nacionalizar o acesso e o fomento ao audiovisual, enfrentando desigualdades regionais para impulsionar essa indústria criativa”, afirmou, em nota encaminhada à imprensa.
Na oportunidade, o vice-presidente, agradeceu ao presidente da ABDI, Ricardo Capelli, pelo acordo firmado, que será “uma cooperação técnica, trazendo as informações, os números, os estudos, e toda a parte de desenvolvimento para a indústria do audiovisual” e concluiu lembrando sobre a lei do audiovisual. “Vamos correr, porque se ela termina 31 de dezembro, nós temos 50 dias para ou aprovar, o que é difícil, ou pedir para o presidente fazer uma medida provisória, e depois a gente vai ter quatro meses para poder trabalhar no começo do ano.”
Compromisso com o audiovisual
A secretária Joelma Gonzaga afirmou que o ACT representa um compromisso de longo prazo com a inclusão e o desenvolvimento sustentável do audiovisual. “O PDM 2025-2034 será nosso guia para a próxima década do audiovisual brasileiro, fruto de diálogo com o setor e diversos ministérios. Dados mostram que o audiovisual já impacta fortemente a economia, com mais de R$ 24,5 bilhões anuais ao PIB e 650 mil empregos. E ainda podemos crescer mais, especialmente com uma regulação adequada do VoD e um audiovisual que reflita a pluralidade do Brasil.”
Ricardo Capelli, presidente da ABDI, destacou o papel da pesquisa para aprofundar o conhecimento sobre o impacto econômico do audiovisual: “Estamos aqui para reafirmar que o audiovisual brasileiro já atingiu um nível de excelência, com produções de alta qualidade em atuação, direção, fotografia e roteiro. Precisamos de uma visão estratégica sobre sua importância, não apenas como expressão cultural, mas também como setor econômico relevante. Pretendemos mapear essa indústria, entender seu impacto no PIB e comparar produções locais ao mercado global. Esse estudo será referência para desenvolver o audiovisual como uma indústria inovadora e sustentável.”
O Seminário Economia Audiovisual e Interseccionalidades, que ocorre de 28 a 30 de outubro, destaca o impacto econômico do setor, focando na inclusão de grupos historicamente sub-representados e nas oportunidades da economia criativa. Essa é uma etapa importante para a construção do novo Plano de Diretrizes e Metas (PDM) do Audiovisual Brasileiro, que definirá políticas públicas para a próxima década.
O ACT prevê cooperação mútua entre a ABDI e a SAV para aprofundar o conhecimento e promover o desenvolvimento da indústria audiovisual. Com a colaboração da UFF e de instituições como RioFilme, Ancine, UFRJ e FGV, o estudo mapeará o mercado de trabalho e o potencial de inovação e internacionalização do audiovisual brasileiro.