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‘Duna: Parte 2’ chega aos cinemas de Juiz de Fora

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“Duna: Parte 2”, de Villeneuve, dá sequência a primeira parte lançada em 2021 (Foto: Reprodução)

Um dos filmes mais aguardados do ano chega aos cinemas de Juiz de Fora, nesta semana. “Duna: Parte 2“, dirigido pelo francês Denis Villeneuve, dá continuidade ao primeiro filme, lançado em 2021. Era para o longa ter chegado antes às telonas – o que não foi possível por causa da greve em Hollywood que adiou uma série de lançamentos. As expectativas entre os fãs de ficção científica estão altas, e há quem diga que trata-se do melhor filme do ano.

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“Duna: Parte 2” é mesmo uma continuidade e, por isso, é importante assistir ao primeiro filme, que já está disponível em diversos streamings. Esta segunda parte segue com os atores que foram aclamados na primeira, como Timothée Chalamet, que faz o papel principal de Paul Atreides, Rebecca Ferguson, que interpreta Lady Jessica, e Zendaya, que faz Chani e ganha ainda mais destaque desta vez. Além deles, tem Dave Bautista, Javier Bardem e Josh Brolin. Algumas novidades no elenco são Florence Pugh, Christopher Walken, Léa Seydoux, Austin Butler e Tim Blake Nelson.

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O enredo

“Duna” é uma adaptação da série literária escrita por Frank Herbert, lançada em 1965. É uma das obras mais aclamadas no mundo pop e, por isso, antes da primeira parte do filme, havia quem dizia que era impossível (ou pelo menos muito difícil) adaptá-la aos cinemas. Isso porque uma tentativa foi feita anos atrás, mas sem sucesso, principalmente pela dificuldade em abarcar tudo o que os livros abordam.

Mas Villeneuve teve êxito, já no lançamento, e mostrou que a adaptação é, sim, possível – claro que graças à tecnologia, e as adaptações que o diretor fez para o roteiro cinematográfico. Foi exatamente esse sucesso que permitiu com que “Duna: Parte 2”, de fato, acontecesse.

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Nesta parte, a trama resolve uma série de conflitos instaurados em “Duna”. O espectador se vê mergulhado no que Frank Herbert constrói em seus seis livros, de forma mais aprofundada que na primeira parte. Paul Atreides e sua mãe, Jessica, se integram de fato à comunidade de Fremen. Paul, ainda, aprofunda sua relação com sua companheira, Chani. O enredo acompanha as suas tentativas de vingar familiares e amigos que foram mortos a mando do Imperador.

Esse seu objetivo não é fácil de se concretizar, e Paul se depara a uma série de questões que envolvem, inclusive, sua própria identidade. Uma delas é que o povo de Arrakis passa a o enxergar como um “messias”. E isso gera como uma guerra em seu nome, que se espalha rapidamente pelas terras. Uma das coisas em que “Duna: Parte 2” se comprometeu foi em, realmente, apresentar a vida dos personagens, mais que, como faz na primeira parte, apresentar contextos ao redor da história. O processo de transformação de Paul é apresentado e o público consegue adentrar em suas questões – tudo o que o leva, então, a ser visto como esse “messias”: os motivos, os problemas, seus sentimentos.

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Filme é baseado no livro homônimo, de 1965, e, nesta segunda parte, garante aprofundar na história dos principais personagens (Foto: Reprodução)

“Duna: Parte 2” além da trama

Para que o espectador, de fato, se aprofunde na história, Villeneuve utiliza de recursos que fazem como mergulhar naquele cenário desértico vivido pelo povo de Fremen. É por isso que pode-se dizer que a experiência é, de certa forma, sensorial: conecta com os sons, as texturas e os ambientes que perpassam a vida de cada personagem.

A trilha sonora também ajuda nessa missão em “Duna: Parte 2”. Ela foi composta por Hans Zimmer, que também assinou a trilha de filmes como “Interestelar” e “Batman: O cavalheiro das trevas”. Somada à fotografia de Greig Fraser, é responsável por cenas contemplativas que arrematam a história. É como se fosse possível sentir o que sentem os personagens: seja medo ou ansiedade, por exemplo. E, quando necessário, os efeitos especiais fazem, de fato, tudo parecer real.

Trata-se de um filme de ficção científica que não abre mão dos momentos de tensão. Mas aposta também na descontração e nos respiros que fazem com que as quase três horas do longa não sejam lá tão tensas e difíceis de ver passar.

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Apesar de ser baseado em um livro de 1965, Villeneuve ainda consegue incluir, como fez na primeira parte, questões que seguem atuais: o poder, o colonialismo, a fé e o fundamentalismo religioso, por exemplo, já que são temas que perpassam cada pondo de “Duna”, em ambas as partes. Mas, dessa vez, com mais profundidade.

Terceira parte?

Algumas pistas em “Duna: Parte 2” indicam que Villeneuve já pensa na terceira parte da franquia. E, ao jornal The Times, ele disse que não quer apressar o ritmo das produções. “O perigo em Hollywood é que as pessoas fiquem entusiasmadas e pensem apenas nas datas de lançamento, e não na qualidade.”

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