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‘Juiz de Fora Imperial’: livro traz materiais inéditos sobre a cidade

Juiz de Fora imperial

(Foto: Divulgação)

Juiz de Fora Imperial
Livro traz recortes inéditos com o intuito de apresentar uma Juiz de Fora ainda desconhecida (Foto: Divulgação)
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Será lançado, neste sábado (30), na Câmara Municipal de Juiz de Fora, às 11h, mais um livro do arquiteto Antônio Carlos Duarte.“Juiz de Fora Imperial” retrata uma cidade ainda pouco conhecida fora dos museus. Através de recortes de textos históricos, que incluem o próprio diário de Dom Pedro II, e obras de arte da época, inclusive da própria coleção pessoal do autor, Antônio faz um recorte de um período esquecido da nossa cidade. Para ele, é preciso conhecer a cidade para poder respeitá-la.

O livro mostra uma Juiz de Fora na época Imperial, os vínculos da cidade com a família Imperial e os mais diversos aspectos, inclusive culturais, do município na época, mas também riqueza do Museu Mariano Procópio que é o segundo maior acervo do período imperial do país. “O nosso museu é testemunha da grandiosidade desse período, o zelo, o cuidado e o interesse de Alfredo Lage de adquirir, preservar e doar para a cidade. Ele doa um grande parque, 80 mil m², uma edificação que pertenceu ao seu pai, construiu o chamado anexo edifício Mariano Procópio e doou todo acervo, talvez a maior doação cultural de Juiz de Fora de todos os tempos. Então, é um resgate também da figura de Alfredo Lage”, afirma.

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Segundo o autor, a obra se destina a todos aqueles que tenham interesse pela cidade. “Os meus livros, inclusive os outros, se destinam a todos. Uma criança pode folhear esse livro e ver as figuras, um pesquisador, um universitário. Também tem coisas interessantes em novidades de imagens e de textos. É um livro que você não precisa ler da primeira página até a última, você pode folhear, deixar na sua mesa e folhear de vez em quando.”

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Passeio por uma Juiz de Fora desconhecida

A obra, em capa dura e com páginas em verde, dourado e vermelho que “representam a cor da família imperial e da nobreza”, traz, a partir dos recortes selecionados e as obras que são interpostas pelo autor, histórias e curiosidades sobre a cidade. Por meio de uma linha temporal traçada por Antônio e dividida nos capítulos do livro, a obra passa desde o “Caminho Novo”, as visitas de Dom João VI à cidade, as passagens de Dom Pedro I e Dona Amélia, Dom Pedro II e Dona Teresa Cristina, a criação da Estrada, do Hotel e da Escola Agrícola da União e Indústria, os imigrantes que vieram pra cidade, os aspectos culturais, a construção de prédios importantes para a cidade, a proclamação da república e até a passagem de figuras importantes como o príncipe francês Joinville, Princesa Isabel e Conde D’eu. Para Antônio, o livro é uma valorização do museu mas também, sobretudo, da cidade de Juiz de Fora.

Antônio conta que a ideia do livro veio de um amigo que o incentivou a produzir um conteúdo sobre o período imperial. Desacreditado com a possibilidade de reunir material suficiente para o livro, o autor se viu desesperado ao perceber que as quase 500 páginas produzidas deveriam ser reduzidas para as 184 presentes na obra final. “A riqueza de Juiz de Fora é impressionante, riqueza em todos os aspectos, tanto urbanística e paisagística quanto a imprensa na época, o teatro, a arquitetura. Quase que cada capítulo aí daria um livro facilmente.”

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Com a presença de fortes recortes literários interpelados por “belas artes” do período imperial, o livro – que também terá sua versão em braile destinada a deficientes visuais – é uma viagem a uma Juiz de Fora que poucos conhecem e que moldou a existência da cidade em que vivemos hoje.

Outros livros de Antônio Carlos Duarte

Com formação em arquitetura, Antônio já lançou outros três livros, sendo eles “Arquitetura Art Déco – Juiz de Fora”, “Arquitetura Eclética – Juiz de Fora” e “Arquitetura Moderna – Juiz de Fora” – todos com incentivo do Programa Cultural Murilo Mendes. Além disso, é membro do Conselho de Amigos do Museu Mariano Procópio, já tendo sido também diretor da instituição.

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