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Kingsman: O Círculo Dourado estreia nesta quinta-feira (28)

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Eggsy (Taron Egerton, à frente) irá se unir à versão americana dos Kingsmen para enfrentar a ameaça da vilã interpretada por Julianne Moore (à direita). (Foto: divulgação)
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Antes de falar de “Kingsman: O Círculo Dourado”, longa que estreia nesta quinta-feira (28) no Brasil, é preciso contextualizar – ainda mais se o leitor não tiver assistido ao filme de 2015, um improvável sucesso nos cinemas mundiais e que adaptava a minissérie em quadrinhos escrita pelo escocês Mark Millar, sujeito esperto que percebeu antes de muita gente que histórias em quadrinhos podem render muita grana quando levadas para a tela grande. Por isso, por que deixar que apenas a Marvel e a DC ganhem milhões com Homem de Ferro, Batman, Vingadores, Mulher-Maravilha? A solução foi criar seus próprios personagens, o chamado Millarverso, com roteiros exagerados, repletos de ação e pouca reflexão, muitas vezes satirizando ícones da cultura pop e criando versões de super-heróis famosos que beiram o plágio.

Foi daí que saíram, além de “Kingman” (paródia ao universo de James Bond), “O Procurado” e “Kick-Ass”, e espera-se num futuro próximo as versões carne e osso de “O Legado de Júpiter”, “Crononautas” e a alucinada “Nêmesis”, em que uma versão psicótica de “Bruce Wayne” se torna o maior supervilão do mundo. E há outras histórias, como “Supercrooks”, “Superior”, “Huck” e “MPH” que podem seguir a mesma trilha. Não se pode negar que o escocês possui visão empresarial, afinal as adaptações de suas HQs sempre renderam bom dinheiro para os estúdios – e para ele, claro, que atualmente é consultor da Fox para os filmes das franquias “X-Men” e “Quarteto Fantástico”.

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Assim como aconteceu com “Kick-Ass”, “Kingsman: Serviço Secreto” teve bilheteria suficiente para ganhar uma nova aventura na tela grande, mais uma vez com direção de Matthew Vaughn (“X-Men: Primeira Classe” e do primeiro “Kick-Ass”). Desta vez, porém, a história é totalmente inédita, mas igualmente surtada em sua sede por ação e tiração de sarro com os clichês de filme de espionagem: após a morte do tio (Colin Firth), principal agente do Kingsman, Gary “Eggsy” Unwin (Taron Egerton) se torna o principal nome da agência. Mas a vida não será fácil, pois a sede secreta dos Kingsmen é destruída após um ataque comandado pela vilã Poppy Adams (a eternamente bela Julianne Moore), a maior traficante de drogas do mundo – e que planeja envenenar seu “produto” para forçar os governos do mundo a torná-los legais, e ela ainda mais rica.

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Além de Eggsy, o único sobrevivente dos Kingsmen é Merlin (Mark Strong). Dispostos a frustrar os planos da vilã, eles vão até os Estados Unidos à procura dos Statesman, a versão made in America da agência inglesa. Enquanto os agentes britânicos disfarçavam suas atividades por meio de uma alfaiataria, seus colegas americanos utilizam a fachada da caubóis produtores de uísque, daí a presença de personagens tão bizarros quanto os agentes Tequila (Channing Tatum), Whiskey (Pedro Pascal), Champagne (Jeff Bridges) e Ginger (Halle Berry).

Como se percebe, não faltam coadjuvantes de luxo em “O Círculo Dourado”, que inclui ainda um certo Elton John. Além das presenças estelares, a continuação de “Kingsman” deixa claro que aposta no que deu certo no original: muita ação, humor, sátira e a eterna certeza que não deve ser levado a sério. A fórmula, pelo menos, deu certo nos Estados Unidos, onde o longa tirou “It: A Coisa” da liderança no seu final de semana de estreia.

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